Coligação PS/Livre/BE/PAN à Câmara de Lisboa perdeu 12.480 votos face a 2021
Perante estes dados, a coligação Viver Lisboa elegeu seis vereadores, menos um do que a candidatura PS/Livre (liderada pelo socialista Fernando Medina) conseguiu em 2021, ano em que também o BE obteve um mandato, o que significa a perda de um total de dois mandatos.
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A coligação PS/Livre/BE/PAN a Lisboa perdeu 12.480 votos nas eleições autárquicas de domingo, comparativamente a 2021, enquanto a coligação PSD/CDS-PP/IL venceu o município e conquistou mais 17 mil votos, o Chega mais 16 mil e a CDU mais 1.249.
Segundo os resultados provisórios publicados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a candidatura "Viver Lisboa" - PS/Livre/BE/PAN, liderada pela socialista Alexandra Leitão, obteve 90.068 votos (33,95%) na eleição de domingo para a Câmara Municipal. Em 2021, estas quatro forças políticas de esquerda conseguiram um total de 102.548 votos, com a coligação PS/Livre a obter 80.869 votos, o BE a arrecadar 15.054 votos e o PAN a somar 6.625 votos.
Perante estes dados, há uma perda de 12.480 votos para a coligação PS/Livre/BE/PAN, que elegeu seis vereadores, menos um do que a candidatura PS/Livre (liderada pelo socialista Fernando Medina) conseguiu em 2021, ano em que também o BE obteve um mandato, o que significa a perda de um total de dois mandatos.
Os seis eleitos de PS/Livre/BE/PAN são Alexandra Leitão (PS), Sérgio Cintra (PS), Carla Madeira (PS), Pedro Anastácio (PS), Carlos Teixeira (Livre) e Carolina Serrão (BE).
Nas eleições de domingo, de acordo com os resultados provisórios, a candidatura "Por ti, Lisboa" - PSD/CDS-PP/IL assegurou a reeleição de Carlos Moedas como presidente da Câmara Municipal, com um total de 110.586 votos (41,69%). Comparando com 2021, nomeadamente os 83.163 votos conseguidos pela coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança e os 10.238 votos arrecadados pela IL, num total de 93.401 votos, os resultados de domingo representam um acréscimo de 17.185 votos.
Além da reeleição, Carlos Moedas reforçou a equipa no executivo, passando de sete para oito mandatos, ficando a um de obter uma maioria absoluta, o que exigiria a eleição de nove dos 17 membros.
A nova equipa do reeleito presidente da Câmara de Lisboa inclui Gonçalo Reis (PSD), Joana Baptista (independente indicada pelo PSD), Rodrigo Mello Gonçalves (IL), Diogo Moura (CDS-PP), Maria Aldim (CDS-PP), Vasco Moreira Rato (independente indicado pelo PSD) e Vasco Anjos (IL).
O Chega, partido que em 2021 não conseguiu eleger para o executivo municipal, obteve mais 16.067 votos do que há quatro anos, passando de 10.713 votos para 26.780 votos, e elegendo dois vereadores: Bruno Mascarenhas e Ana Simões Silva.
Além disso, o Chega ultrapassou a CDU, coligação que junta PCP e PEV, com uma diferença de apenas 11 votos, mas que se refletiu na perda de um vereador comunista em Lisboa, comparativamente aos dois eleitos em 2021.
Apesar desta perda, a CDU conquistou mais 1.249 votos do que há quatro anos, crescendo de 25.520 votos para 26.769 votos, conseguindo manter João Ferreira no executivo da capital, mas falhando a reeleição de Ana Jara.
Quanto à Assembleia Municipal de Lisboa, composta por 75 membros, a coligação PSD/CDS-PP/IL elegeu 21 deputados, a que se juntam 11 presidentes de juntas de freguesia.
A candidatura PS/Livre/BE/PAN obteve 18 deputados, somando 12 presidentes de juntas, enquanto a CDU conseguiu seis eleitos e um presidente de junta (Carnide) e o Chega elegeu seis deputados.
A coligação PS/Livre/BE/PAN venceu a presidência de metade das 24 assembleias de freguesia de Lisboa, das quais em 11 já liderada - Ajuda, Alcântara, Beato, Benfica, Marvila, Misericórdia, Olivais, Penha de França, Santa Clara, Santa Maria Maior e São Vicente - e reconquistou Arroios, que tinha perdido em 2021.
A candidatura PSD/CDS-PP/IL conseguiu 11 assembleias de freguesia, inclusive duas lideradas pelo PS - Campo de Ourique e Campolide -, que se juntam a Alvalade, Areeiro, Avenidas Novas, Belém, Estrela, Lumiar, Parque das Nações, Santo António e São Domingos de Benfica.
À semelhança de eleições anteriores, a CDU manteve a liderança da freguesia de Carnide, que se continuará presidida pelo PCP.
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