O ritmo de subida de preços na Alemanha manteve em junho a trajetória descendente, com a inflação homóloga a descer aos 2%, indica nesta segunda-feira o gabinete oficial de estatísticas do país, o Destatis, numa estimativa preliminar.

Esta evolução representa um novo abrandamento (após 2,1% de inflação homóloga nos meses de abril e maio) na maior economia da Zona Euro, acompanhando as expectativas de estabilização dos analistas para este mês. A variação mensal de preços em junho foi nula, reflete a publicação, e a tendência de perda de ritmo nos preços é transversal às várias componentes do cabaz de compras das famílias alemãs.

O índice de preços harmonizado para comparações europeias, o IHPC, acompanha em larga medida o índice doméstico, com 2% de variação homóloga e 0,1% de subida em cadeia.

De acordo com estes dados iniciais do Destatis, a principal rubrica do cabaz de preços das famílias alemãs e aquela na qual a inflação persiste mais elevada, os serviços, manteve neste último mês os preços em desaceleração, com uma variação de 3,3% face ao mesmo mês de 2024 (3,4% apurados em maio). Também os preços dos bens seguiram a mesma tendência, numa perda de ritmo de 0,9% para 0,8% na inflação homóloga.

Entretanto, nos produtos energéticos manteve-se a tendência de inflação negativa que persiste já há perto de dois anos, após o forte choque sofrido no país após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Em junho, os custos da energia seguiam 3,5% abaixo de um ano antes.

Na alimentação - em contraste com o que ocorre neste momento em Portugal, onde a inflação acelera - as subidas de preços também continuam a perder força, com uma variação homóloga de 2% em junho (2,8% em maio). 

Excluindo alimentação e energia, componentes habitualmente mais voláteis no capaz de preços, a inflação subjacente terá também recuado de 2,8% para 2,7% neste último mês.