Mais de 3,6 mil milhões de investimento público por fazer no primeiro semestre
São projetos que não chegam a sair do papel. Prazos apertados pela bazuca europeia e concursos públicos com preços-base baixos estão entre os principais problemas. Associação dos Municípios apela à flexibilização das regras.

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Ficaram por fazer 3,61 mil milhões de euros de investimento público na primeira metade do ano, sendo esta a diferença entre os contratos firmados pelas entidades públicas e os concursos públicos que foram lançados. Este valor é avançado pelo Jornal de Notícias, que cita dados recolhidos junto da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), numa situação que se tem vindo a agravar desde 2023.
Sem propostas para o valor definido, os concursos ficam desertos e obrigam a relançar os procedimentos e aumentar o preço-base para atrair interessados. A presidente da Associação Nacional de Municípios de Portugal (ANMP), Luísa Salgueiro, insiste na necessidade de flexibilizar as regras de contratação pública, evidenciando que neste momento há "empreitadas que já não estão a iniciar por ser claro que terminarão após o prazo definido pelo PRR", que tem prazos apertados e coloca ainda mais pressão no mercado de construção.
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