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Raimundo antecipa "jogada" do Governo de deixar cair "propostas asquerosas" da lei laboral

Este pacote laboral, segundo o comunista, foi "escrito pelas mãos dos grupos económicos e a quem PSD, CDS, Chega e IL dão voz", tendo antecipado "a manobra que está em curso".

 Para o secretário-geral do PCP, 'perante o brutal ataque em curso só há uma resposta possível'.
Para o secretário-geral do PCP, "perante o brutal ataque em curso só há uma resposta possível". Manuel de Almeida / Lusa
19:21

O secretário-geral do PCP avisou este domingo para "a jogada" do Governo de retirar do pacote laboral, sem "remendo possível", propostas "tão asquerosas" que só foram colocadas para deixar cair e aparentar uma cedência, permanecendo as "linhas mestras".

"Este pacote laboral não tem nenhum remendo possível, a única solução é a retirada de todas e cada uma das 100 propostas que incorpora", defendeu Paulo Raimundo no discurso desta tarde no encerramento do 13.º Congresso da Juventude Comunista Portuguesa (JCP), em Oeiras.

Este pacote laboral, segundo o comunista, foi "escrito pelas mãos dos grupos económicos e a quem PSD, CDS, Chega e IL dão voz", tendo antecipado "a manobra que está em curso".

"Nos próximos tempos, horas ou dias vai cair esta ou aquela proposta que, de tão asquerosa que é, só estava na atual proposta do Governo para cair na primeira oportunidade. Essa jogada vai ser vendida como uma cedência", avisou.

De acordo com o líder do PCP, "vai-se procurar instalar o debate sobre isso" e deixar de fora da discussão as "linhas mestras".

"Aquelas que realmente interessam ao capital, essas ficam. Eu diria, ficavam porque nós não vamos permitir que fiquem para desmantelar as nossas vidas", disse.

Raimundo desafiou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a explicar aos jovens trabalhadores, 54% dos quais vivem na precariedade, "porque é que querem ainda mais contratos a prazo, ainda mais falsos recibos verdes, ainda mais fragilidade".

"Venham, olhos nos olhos com a juventude, vender as virtudes da desregulação ainda maior dos horários de trabalho", instou.

Para o secretário-geral do PCP, "perante o brutal ataque em curso só há uma resposta possível" e este passa por "elevar a luta e a avançar para a greve geral" anunciada para 11 de dezembro.

"Uma jornada para a qual todos os trabalhadores, os que criam a riqueza, os que põem o País a funcionar, e em particular a juventude, têm fortes razões para dizer não ao pacote laboral, para construir e aderir à greve geral", apelou, perante uma audiência de jovens comunistas.

Na perspetiva de Raimundo, no dia da greve geral "não se travará a batalha da vida, mas é a vida melhor também que vai estar em causa nesse dia".

"No dia 11 de dezembro também a força da juventude se afirmará. Essa juventude que conta com o PCP e com a JCP para que encontrem em Portugal as condições para cá estudarem, para cá trabalharem e para cá serem felizes", prometeu.

O líder do PCP deixou ainda uma crítica aos que "gostam de falar sobre nacionalidade, mas dão cobertura aos vistos 'gold', essa sim, uma porta escancarada à compra da nacionalidade, à corrupção e à lavagem de dinheiro".

"Os mesmos que destilam ódio contra os sindicatos para servir e proteger os interesses do patronato", criticou.

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