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Zapatero antecipa reformas sem que a Europa as peça

Espanha esforça-se por mostrar a Bruxelas que não tem nada a ver com Portugal, e o primeiro-ministro espanhol tem aproveitado para afastar fantasmas de um eventual contágio.

25 de Março de 2011 às 10:13

Na cimeira da União Europeia, que ontem começou, José Luis Zapatero apresentou medidas adicionais de controlo orçamental para provar que Espanha não é o próximo país da lista.

De acordo com o "El País", Espanha só tinha que apresentar medidas adicionais em Abril, altura em que tem de apresentar perante as instituições europeias os planos nacionais de reforma e de estabilidade. Mas decidiu adoptar uma série de medidas adicionais, adaptadas do Pacto do Euro, que hoje serão entregues através de carta ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

No pacote de medidas estarão incluídas algumas vitórias recentes de Zapatero, como o pacto para colocar a idade da reforma nos 67 anos. Na passada sexta-feira, o Conselho de Ministros aprovou uma nova lei para evitar que, num concurso de credores, a empresa afectada acabe quase sempre liquidada. Zapatero pretende estimular a inovação e a formação permanente, e conduzir medidas activas de incentivo ao emprego.

Mas o primeiro-ministro também pretende impor uma maior disciplina nas contas das regiões e autarquias locais, através de um reforço da Lei de Estabilidade Orçamental. A ideia é acabar com as dúvidas quanto ao cumprimento das metas de défice.

Recorde-se que oito comunidades autónomas espanholas prevêem furar o limite de défice de 1,3% imposto pela ministra Elena Salgado para este ano. Em Fevereiro, o ex-primeiro-ministro José María Aznar disse temer que as regiões atirassem Espanha para fora do euro.

Zapatero também pretende aprovar um plano para lutar contra a economia paralela, que deverá incluir amnistias parciais e um maior rigor na luta contra a fraude. Não estão previstos aumentos de impostos nem cortes na despesa, adianta o "El País" citando fontes do governo. O catálogo de medidas deverá ser apresentado amanhã às administrações das 40 maiores empresas.

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