Fundação La Caixa já avançou com projecto Incorpora em Portugal
A Fundação Bancária La Caixa já está no terreno a identificar as instituições de solidariedade social portuguesas com quem vai trabalhar no programa Incorpora e espera que ele arranque ainda este ano. "Estamos a começar a localizar e a conhecer as instituições", disse ao Negócios Elisa Durán, directora geral adjunta da fundação catalã, acrescentando que o Incorpora é "prioritário" e vai ser implementado "com todo o rigor".
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A missão deste programa é inserir "pessoas vulneráveis" no mercado de trabalho, através do financiamento de "uma rede de pessoas que trabalham em contacto com as instituições e as empresas". Trata-se de uma espécie de mediadores, afirma, que juntamente com as instituições identificam os beneficiários deste programa dirigido a portadores de deficiência, desempregados de longa duração, jovens em risco de exclusão, pessoas com dependências, imigrantes ou mulheres vítimas de violência de género, e "fazem também o seu acompanhamento já em contexto laboral".
O programa Incorpora existe há 10 anos em Espanha e ao longo deste período integrou no mercado de trabalho 145 mil pessoas, diz aquela responsável. "Temos resultados magníficos", sublinha. Colaboraram com este programa mais de 9 mil empresas em 2016. E a rede de "mediadores" é composta por mil pessoas.
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Elisa Durán revela que já há empresas portuguesas a mostrar interesse em integrar o programa. Mas garante que não vão receber qualquer contrapartida económica. O tempo do contrato de trabalho "depende de cada empresa e das suas necessidades", explica.
Depois dos programas ligados ao trabalho a prioridade serão os idosos e os doentes terminais. Neste último caso a Fundação financiará "equipas de três ou quatro pessoas que prestam apoio psicossocial aos doentes e suas famílias nos serviços de cuidados paliativos nos hospitais ou no domicílio. No ano passado 21 mil pessoas receberam este apoio em Espanha".
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Esta terça-feira Elisa Durán representou a Fundação La Caixa na apresentação à imprensa da exposição "Tesouros dos Museus do Vaticano", no Museu Nacional de Arte Antiga, em que a Fundação Bancária La Caixa e o BPI se juntam pela primeira vez num acto de mecenato cultural. O mecenato cultural é outra das vertentes da Fundação La Caixa que vai abranger Portugal.
Recorde-se que a 27 de Abril, numa cerimónia no Palácio de São Bento, a Fundação anunciou que iria aplicar 50 milhões de euros por ano em Portugal, na sequência da tomada de controlo do BPI pelo CaixaBank. O dinheiro será aplicado em projectos que ajudem a reduzir a desigualdade, combater o desemprego e aproximar a ciência da economia.
A Fundação La Caixa, através da sua holding CriteriaCaixa, é o principal accionista do CaixaBank, com 40% do capital social. A instituição liderada por Isidro Fainé "não terá uma sede em Portugal", reafirma Elisa Durán. Artur Santos Silva, antigo chairman e fundador do BPI, será o coordenador dos projectos em Portugal.
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