Desemprego registado abaixo dos 300 mil pela primeira vez desde o verão de 2023

No mês de junho, arranque da época do verão, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego registou uma nova queda de 3,8% face ao mesmo mês do ano passado.
Número de desempregados inscritos diminuiu pelo quinto mês consecutivo.
Paulo Ribeiro Pinto 21 de Julho de 2025 às 13:20

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego recuou 3,8% em junho face a igual período do ano passado, ficando abaixo das 300 mil pessoas, o que acontece pela primeira vez desde agosto de 2023. São menos 11.458 trabalhadores comparando com o mesmo mês de 2024.

De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o semestre fechou com 293.488 pessoas inscritas nos centros de emprego, o que representa o quinto recuo mensal consecutivo. Face a maio, verifica-se uma queda de 2,5%, o que corresponde a quase menos 7.500 inscritos. Desde julho de 2023 que o valor não era tão baixo.

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“Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2024, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (-11.812), os que procuram um novo emprego (-9.916) e os maiores de 25 anos (-8 345)”, refere o IEFP.

A nível regional, a Madeira voltou a registar a quebra mais acentuada, com uma redução de 17% em termos homólogos. Relativamente a maio, no mês de junho “registou-se uma diminuição em todas as regiões, tendo sido a redução global no desemprego na ordem dos -2,5%”, detalha o IEFP.

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Apesar de se manter a tendência transversal de diminuição do desemprego registado, o mês de junho marca uma quebra do ritmo de recuo mensal do número de pessoas inscritas nos centros de emprego.

Por setor, os serviços continuam a ser aquele que dá maior contributo para a quebra, tanto em termos homólogos como em cadeia. Face a junho de 2024, verifica-se uma diminuição de 6.386 pessoas inscritas e comparando com maio regista-se uma quebra de 4.172.

Numa análise em cadeia, e tendo em conta a entrada no verão, destaque para o facto de no alojamento e restauração – atividades fortemente ligadas ao turismo – se ter assistido a uma desaceleração no ritmo do contributo para a quebra do desemprego. Em maio tinha-se verificado uma quebra de quase 2.900 pessoas inscritas. Esse valor passou para 777 pessoas.

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