No emprego não se vê transformação estrutural da economia

Os números de emprego surpreenderam pela negativa. Na “Reacção dos Economistas” do Massa Monetária, vários especialistas descrevem tendências preocupantes e entre elas está a inexistência de um reforço do peso do sector transaccionável.
Rui Peres Jorge 09 de Maio de 2013 às 16:14

O desemprego disparou no primeiro trimestre para 17,7%. Os números divulgados esta quinta-feira pelo INE revelam várias tendências preocupantes escrevem os economistas que participam na “Reacção dos Economistas” do Massa Monetária.

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Paula Carvalho, economista-chefe do BPI, destaca o aumento do desemprego de longo prazo – que já atinge 560 mil pessoas (quase 60% dos desempregos estão nessa situação há mais de um ano) – e o facto de no mercado de trabalho não haver sinais de reforço dos sectores transacionáveis, uma das transformações estruturais esperadas do ajustamento económico em curso.

José Moreira, do Montepio, diz que os dados saíram piores que o esperado, o que leva a equipa do banco a rever em alta a previsão de desemprego este ano para a casa dos 18%, não esperando inversão antes da viragem do ano.

Filipe Garcia, da IMF, destaca a redução no número de empregos: 4,9% em termos homólogos e 2,2% em termos trimestrais. São menos cerca de 230 mil empregos, o que descreve como “verdadeiramente preocupante”, referindo que a emigração está a travar uma evolução ainda pior da taxa de desemprego.

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José Miguel Moreira, Montepio

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