Chipre prestes a pedir resgate à zona euro
Amadeu Altafaj, porta-voz do comissário europeu para os assuntos económicos e monetários, disse em conferência de imprensa, em Bruxelas, não ter conhecimento de qualquer pedido de auxílio por parte de Chipre.
"Estamos a examinar todas as possibilidades", disse à France Presse uma fonte da representação permanente cipriota em Bruxelas, que mencionou a possibilidade de empréstimos bilaterais ou de um resgate limitado ao sector bancário sem, no entanto, comentar directamente a possibilidade do pedido de auxílio à zona euro.
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Na passada semana, uma fonte diplomática europeia, em Bruxelas, tinha já alertado que o Chipre iria pedir o resgate, apontando a actual semana como o momento mais provável, numa informação que o governo cipriota não confirmou, tendo dito, no entanto, que se pedisse ajuda, o faria antes do final de Junho.
Até ao final deste mês, o Banco Popular Marfin, o segundo maior do Chipre, tem de ir buscar ao mercado 1,8 mil milhões de euros, para se recapitalizar.
Nicósia também deverá pedir emprestados à Rússia entre três e cinco mil milhões de euros, segundo notícias recentes na imprensa cipriota.
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As verbas que Chipre necessita de pedir à zona euro, num processo que, a ocorrer, será semelhante ao auxílio à banca espanhola (cujo pedido será também hoje formulado), deverão também fixar-se entre os três e os cinco mil milhões de euros.
A agência de notação de risco Fitch reviu hoje em baixa, para a 'lixo', ou 'junk', a dívida soberana cipriota, de "BBB menos" para "BB mais", devido às preocupações cada vez maiores com o sistema bancário cipriota.
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