Países Baixos realizam hoje terceiras eleições legislativas em três anos
Os Países Baixos realizam esta quarta-feira as terceiras legislativas em cinco anos, com Geert Wilders (extrema-direita) novamente como favorito, mas praticamente sem possibilidade de governar, enquanto os liberais, que governaram durante dez anos, estão mais perto da oposição.
Cerca de 13,4 milhões de neerlandeses são chamados a votar – quase três em cada dez (28%) têm mais de 65 anos, face aos 18% de há três décadas.
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No total, 27 partidos concorrem a 150 lugares no parlamento, atualmente divididos entre 15 formações.
As eleições são marcadas pela desconfiança dos eleitores em relação à classe política, após uma sucessão de quedas de governos instáveis: dois executivos liderados pelo liberal Mark Rutte (VVD, atualmente secretário-geral da NATO), em janeiro de 2021 e julho de 2023, e, este verão, a coligação saída das eleições de novembro de 2023, liderada pelo liberal Dick Schoof.
Geert Wilders – vencedor das legislativas de há dois anos -, precipitou as eleições de hoje, ao retirar cinco ministros do seu Partido para a Liberdade (PVV) do executivo, reclamando um endurecimento das políticas migratórias.
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As sondagens dão novamente a vitória a Wilders, com 16,7% dos votos, o que pode traduzir-se em cerca de 26 lugares, abaixo dos atuais 37.
Mesmo que seja o mais votado, o PVV não deverá conseguir apoios para governar, uma vez que várias formações recusam acordos com Wilders.
Antecipam-se negociações difíceis para formar uma coligação governativa, que provavelmente precisará de quatro ou cinco partidos.
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A verdadeira luta parece ser pelo segundo lugar entre o bloco de ecologista e social-democratas GL-PvdA, liderado pelo antigo vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans, e o democrata-cristão CDA, liderado por Henri Bontenbal.
Estudos de opinião atribuem entre 22 a 27 eleitos a ambas candidaturas.
O liberal progressista D66, o conservador VVD e a direita nacional-conservadora JA21 poderão ter entre 12 e 17 lugares, enquanto os restantes partidos não superam os cinco lugares cada.
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O NSC, o partido centrista que abandonou o governo de Schoof em agosto após confrontos internos sobre a resposta à ofensiva israelita em Gaza, aparece em algumas sondagens com um ou nenhum assento, apesar de agora ter 21 deputados.
A imigração dominou o debate eleitoral, embora a crise da habitação seja a principal preocupação dos neerlandeses.
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