Desemprego no Reino Unido acima do esperado dá esperança de corte de juros pelo BoE
A taxa de desemprego nos três meses terminados em setembro situou-se nos 5%, máximo desde o início de 2021.
A taxa de desemprego no Reino Unido aumentou para 5% no terceiro trimestre, mais duas décimas do que nos três meses findo em agosto e o valor mais alto desde inícios de 2021, quando a economia britânica se encontrava sob as restrições devido à pandemia da covid-19, indicou esta terça-feira o Gabinete Nacional de Estatística britânico.
O valor superou as expectativas dos economistas, que apontavam para 4,9%, e deu novo ímpeto à aposta dos mercados de que o Banco de Inglaterra (BoE) corte as taxas de juro em dezembro.
Os números serviram também para dar munições à oposição, que acusa a ministra das Finanças, Rachel Reeves, de penalizar o mercado laboral com com o aumento de 26 mil milhões de libras esterlinas nas contribuições para a Segurança Social por parte dos empregadores.
Hoje foram também divulgados dados, com base em dados do fisco, que indicam uma quebra de 32 mil trabalhadores em outubro, o que coloca em quase 180 mil os empregos perdidos desde a entrada em vigor do orçamento de 2024 de Reeves.
Os dados do emprego penalizaram a libra, enquanto as taxas de juro da dívida britânica a 10 anos recuaram mais de cinco pontos base.
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