Italiana Eni também vai pagar gás russo em rublos

A gigante da energia italiana, Eni SpA, vai abrir contas em rublos no Gazprombank. Por outro lado, a Alemanha está pronta para avançar com um embargo ao petróleo russo. Propostas de embargo apresentadas para a semana.
Eni
Reuters
Fábio Carvalho da Silva 27 de Abril de 2022 às 19:48

A gigante da energia italiana, Eni SpA, vai ceder à pressão do Kremlin e abrir contas em rublos no Gazprombank, o principal banco russo responsável por receber os pagamentos relativos à compra de gás russo. 

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De acordo com a Bloomberg, a medida tem carácter preventivo, já que a empresa está à espera de orientações do governo italiano para saber quais as condições para comprar gás russo.

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Esta quarta-feira, Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia foi clara: os países do bloco não devem comprar gás russo em rublos, já que tal gesto viola as sanções impostas por Bruxelas.

 

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Segundo fontes próximas do assunto contactadas pela Bllomberg, já quatro empresas europeias pagaram o gás russo em rublos e dez já abriram uma conta denominada nesta moeda no Gazprombank.

 

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Actualmente, 40% do gás que abastece Itália vem da Rússia, facto que já levou Mario Draghi, primeiro-ministro do país, a procurar fontes substitutas, como no norte de África.

Alemanha apoia ideia de embargo ao petróleo russo

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Por outro lado, a Alemanha, líder do pelotão de Estados-membros da UE que se posicionou contra a ideia de aplicar sanções ao petróleo russo, tendo inclusivamente alertado, pela voz do seu chanceler, Olaf Scholz, que tal "encaminharia a Europa para uma recessão", mudou de posição.

De acordo com fontes próximas da chancelaria, citadas pela Bloomberg, Berlim estará disposta a impor um corte às importações de gás russo, desde que esta seja gradual, permitindo-se aos países que passem por um período de transição, à semelhança de como foram aplicadas sanções ao carvão russo.

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Outra fonte informou a agência norte-americana que as consultas entre os Estados membros devem ocorrer nos próximos dias, sendo de esperar que as propostas formas de corte do petróleo russo sejam apresentadas já na próxima semana.

 

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Entre os vários planos discutidos está o mecanismo criado pela Polónia. Segundo a ministra do Clima do país, Anna Moskwa, Varsóvia vai apresentar um mecanismo semelhante ao mercado europeu de licenças de carbono, ou seja, os Estados-membros terão quotas de utilização de combustíveis fósseis russos, que irão diminuir paulatinamente, sendo que para aumentar esta quota serão necessário comprar licenças (créditos) no mercado.

 

Bruxelas está a preparar um sexto pacote de sanções contra a Rússia, na sequência da sua invasão à Ucrânia.

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