Itália congratula-se com acordo da UE para um fundo de recuperação
"Conseguimos um passo importante na História da UE. Os 27 conseguiram criar, para fazer face a esta emergência sanitária, económica e social, um fundo de recuperação com dívida europeia comum, que ajudará financeiramente todos os países afetados" disse Giuseppe Conte numa videoconferência.
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Um pouco antes, numa mensagem nas redes sociais, Conte indicou que a Comissão Europeia (CE) vai agora elaborar uma proposta para o fundo de recuperação, de forma a que possa ser apresentada a 06 de maio próximo.
Para o chefe do executivo italiano, a proposta "deve ter a dimensão adequada" e, acima de tudo, "permitir aos países mais afetados proteger o seu tecido socioeconómico".
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Os líderes da UE encarregaram hoje a Comissão para apresentar uma proposta para põe em marcha um fundo de recuperação ligado ao futuro orçamento comunitário, com o objetivo de relançar a economia após a pandemia do novo coronavírus, embora não tenha pormenorizado.
Fontes governamentais italianas confirmaram à agência noticiosa espanhola EFE que, na intervenção, Conte defendeu que o montante em causa deverá ser superior a 1,5 biliões de euros e a fundo perdido, para que se possam garantir subvenções não reembolsáveis aos Estados mais afetados.
O ministro da Economia italiano, Roberto Gualtieri, pediu, através das redes sociais, que o fundo de recuperação seja dotado de "recursos significativos".
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O presidente do Conselho Europeu, o belga Charles Michel, confirmou hoje, em conferência de imprensa, que os 27 concordaram em "estabelecer um fundo de recuperação "necessário e urgente", que "terá uma magnitude suficiente" e que se "dirigirá aos setores e áreas geográficas mais afetadas" para combater uma "crise sem precedentes".
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 184 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Cerca de 700 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
O "Grande Confinamento" levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.
Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.
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