França propõe eliminar dois feriados e outras medidas para reforçar contas públicas
Esta foi uma das propostas avançadas pelo primeiro-ministro do país na apresentação do Orçamento do Estado para 2026. Em cima da mesa está a abolição do feriado da segunda-feira de Páscoa e do 8 de maio.
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A eliminação de dois feriados em França. Esta foi uma das propostas avançadas esta terça-feira pelo primeiro-ministro do país, Francois Bayrou, na apresentação do Orçamento do Estado para 2026. O objetivo será o de fazer frente à situação complicada que as finanças públicas gaulesas enfrentam.
Bayrou, citado pelo Le Parisien, apelou esta terça-feira a "todo o povo" para "trabalhar mais", propondo a supressão de dois feriados, citando, por exemplo, a segunda-feira de Páscoa, “que já não tem qualquer significado religioso", e o 8 de maio, que assinala a vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial.
O primeiro-ministro disse estar "pronto a considerar outras propostas", sendo que França tem atualmente onze feriados oficiais.
O plano faz parte de um esforço para reduzir os gastos públicos em 43,8 mil milhões de euros para reparar as finanças públicas do país, ao mesmo tempo que se prepara um aumento da despesa em Defesa.
Entre outras propostas, como por exemplo a redução no número de empregados do setor público e o congelamento das pensões, o plano de Orçamento agora apresentado pelo primeiro-ministro gaulês tem o objetivo de reduzir o défice orçamental para 4,6% do PIB em 2026, contra uma previsão de 5,4% este ano. França comprometeu-se ainda a reduzir o seu défice para o limite de 3% do PIB fixado pela União Europeia até 2029.
O Governo francês encontra-se numa situação fragilizada. Em fevereiro, François Bayrou conseguiu ver aprovado o Orçamento do Estado para 2025, culminando um processo tumultuoso de vários meses que levou mesmo à queda do anterior primeiro-ministro, Michel Barnier. Agora, já tendo apresentado o plano do Orçamento do Estado para 2026, que deverá ainda sofrer alterações, este documento terá ainda de passar pelo crivo do Senado em outubro, antecipando-se um processo atribulado.
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