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Lecornu conquista apoio dos socialistas e aumenta hipóteses de sobrevivência do seu governo

A confirmação chega depois de o primeiro-ministro francês ter proposto a suspensão da reforma do sistema de pensões até 2028, atirando para depois das presidenciais um dos temas mais polémicos da proposta orçamental do seu governo recém-nomeado.

Sébastien Lecornu tenta apoio para o governo francês
Sébastien Lecornu tenta apoio para o governo francês Thibault Camus / AP
17:50

O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, conquistou esta tarde o apoio crucial do Partido Socialista na Assembleia Nacional do país, aumentando as hipóteses do seu novo governo poder vir a sobreviver à votação de duas moções de censura já nesta quinta-feira, apresentadas pela coligação de extrema-esquerda França Insubmissa e pelo partido de extrema-direita União Nacional.

Os socialistas confirmaram que não votarão no sentido de derrubar o Governo de Lecornu, de acordo com a assessoria de imprensa do partido, citada pela Bloomberg.

“Estamos a fazer uma aposta, uma aposta arriscada”, disse Boris Vallaud, líder dos socialistas na Câmara dos Deputados, aos legisladores nesta terça-feira. “Se todos estamos comprometidos com a República, devemos arriscar e oferecer ao país um orçamento justo”, acrescentou o político francês.

A confirmação chega depois de o primeiro-ministro francês 8, atirando para depois das presidenciais um dos temas mais polémicos da proposta orçamental do seu governo recém-nomeado.

Com isto, o antigo ministro da defesa pretende apaziguar os partidos da oposição de forma a que proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano seja aprovada.

No ano passado, Macron convocou eleições legislativas antecipadas que acabariam por fragmentar o Parlamento do país em três blocos antagónicos. E apesar de nenhum grupo político ter maioria, os socialistas contam com um número de lugares na Assembleia Nacional que os torna num partido decisivo em situações como a que agora se atravessa.

Lecornu, que foi reconduzido como líder do Executivo gaulês na passada sexta-feira, poucos dias depois de ter apresentado a sua demissão, referiu hoje que “alguns gostariam de ver esta crise parlamentar transformar-se numa crise do regime”, e acrescentou que “isso não acontecerá graças às instituições da Quinta República e aos seus apoiantes”.

Alguns gostariam de ver esta crise parlamentar transformar-se numa crise do regime. Isso não acontecerá. Sébastien Lecornu
Primeiro-ministro francês

Se a Assembleia Nacional forçar a demissão de Lecornu no final desta semana, Macron garantiu que isso iria equivaler a uma “moção de dissolução”, indicando que poderia dissolver o parlamento e convocar novas eleições legislativas antecipadas. O apoio dos socialistas ao Governo de Lecornu torna essa possível dissolução mais distante e poderá servir para garantir estabilidade política no país.

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