Maria Luís: Portugal "tem de ter" défice abaixo de 3%
"O nosso objectivo como país não pode ser ter um défice de 3%. Temos de ir claramente mais longe", afirmou Maria Luís Albuquerque, durante uma intervenção dirigida a militantes da distrital do PSD/Oeste.
PUB
"No discurso já ignoraram o 2,2% e já dizem que vão ficar abaixo de 3%. É preciso lembrar que o objetivo do país não é ter um défice de 3%. Três por cento é o défice máximo que deveríamos ter quando as coisas correm muito mal. O objectivo é ter um orçamento equilibrado", sublinhou.
PUB
A também vice-presidente do PSD disse que "não acredita" que o Governo consiga alcançar um défice de 3% no final do ano e foi mais longe ao afirmar que "não é possível, porque há áreas que estão sobre orçamentadas, porque o crescimento está muito abaixo daquilo que devia ser, o que tem impactos na receita e porque os aumentos da despesa são maiores do que o previsto inicialmente".
PUB
O défice das administrações públicas, em contas nacionais, foi de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, divulgou na sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
PUB
Segundo as contas nacionais trimestrais por setor institucional relativas ao primeiro trimestre de 2016, o INE indica que, "tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das Administrações Públicas situou-se em cerca de -1.406,1 milhões de euros no 1.º trimestre de 2016, correspondente a -3,2% do PIB (Produto Interno Bruto)".
PUB
Ao contrário do primeiro-ministro, Maria Luís Albuquerque defendeu que não existe "um virar de página" e demonstrou "preocupação" pelos aumentos que o Governo tem vindo a fazer, ao acabar com os cortes feitos antes.
PUB
"Não é possível dar tudo a todos tão depressa porque, se o fosse, já o teríamos feito e não temos nenhuma obsessão ideológica", enfatizou.
Segundo a social-democrata, António Costa tem vindo a "satisfazer interesses particulares corporativos representados pelo BE, PCP e até pelo PAN para poder manter o Governo sustentado no Parlamento".
PUB
Em consequência, defendeu, começam a existir "pagamentos que ficam em atraso, porque não há dinheiro para fazer face a essas responsabilidades", dando o exemplo da reposição das 35 horas na função pública, sobre as quais não acredita que "não tenham impacto orçamental".
PUB
Para a ex-ministra das Finanças, começam a surgir resultados que demonstram "quebra da confiança por parte de quem nos observa de fora e de dentro, alargamento das taxas de juro e total estagnação do investimento".
Saber mais sobre...
Saber mais Maria Luís Albuquerque PSD Produto Interno Bruto Instituto Nacional de Estatística INE Administrações Públicas déficeA Europa do lado de lá
UGT tratada com luvas de seda
Mais lidas
O Negócios recomenda