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Famílias ganham na nova austeridade

O anúncio da morte da austeridade foi exagerado. O Governo acabou por repetir em Bruxelas a promessa que Passos Coelho já havia feito (e não cumpriu): uma redução de défice estrutural no limite do aceitável pela Comissão. Famílias são protegidas.

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centeno Bruno Simão/Negócios
08 de Fevereiro de 2016 às 00:01
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Após duas semanas de negociação, o Governo socialista acertou com a Comissão Europeia um plano de redução estrutural do saldo orçamental pelo valor mínimo aceite por Bruxelas (pouco mais de 200 milhões de euros, nas contas europeias). É o segundo ano em que Portugal joga para o mínimo. Passos Coelho já o havia feito no final de 2014, acabando por não cumprir a promessa e permitir um agravamento estrutural do défice em 2015. Num país com uma má reputação orçamental, a Comissão olha com desconfiança para o plano de Mário Centeno, e deixou-o claro na aprovação do esboço orçamental, fazendo-o com reservas e pedindo mais garantias  de que este ano será diferente. Dificilmente as receberá, mas de uma coisa já tem a certeza: no primeiro ano de austeridade à esquerda, as famílias saem a ganhar. Uma nova austeridade em que as empresas deixaram de estar no centro do alívio fiscal, mas da qual também não se poderão queixar, pelo menos a julgar pelos números que o Governo divulgou.

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