Conselho de Ministros aprova aumento dos descontos para a ADSE
O Governo aprovou esta quinta-feira, na reunião do Conselho de Ministros, o aumento dos descontos dos funcionários públicos para a ADSE, que está em linha com o que o Governo já tinha anunciado.
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Assim, os funcionários públicos e pensionistas do Estado vão passar a descontar 3,5% sobre os seus vencimentos e pensões para os subsistemas públicos de saúde, um aumento de um ponto percentual.
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Tendo em conta que esta subida será a terceira desde Julho – quando a taxa estava nos 1,5% - os descontos dos beneficiários mais do que duplicarão em sete meses.
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Questionado no “briefing” do Conselho de Ministros sobre quando será efectivo este aumento nos descontos, Marques Guedes respondeu que “dependerá da promulgação por parte do Presidente da República e da leitura que o Presidente da República fizer. Posso dizer que o Governo gostaria de poder ter este diploma em vigor até ao final do mês de Fevereiro de modo a que pudesse” ter efeitos “em Março”.
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Descontos dos polícias e militares continua obrigatório
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O diploma aprovado pelo Executivo confirma assim o que a ministra das Finanças tinha já anunciado a 9 de Janeiro, sendo que a opção de agravar os descontos para a ADSE surge como medida para compensar o chumbo do Tribunal Constitucional à convergência das pensões.
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A única alteração no diploma, face ao que tinha sido anunciado, tem a ver com os outros dois subsistemas públicos de saúde: militares (ADM) e polícias (SAD). O Governo pretendia, tal como já acontece na ADSE, que a contribuição para estes subsistemas fosse facultativa e não obrigatória, mas os representantes dos trabalhadores tiveram outro entendimento sobre esta matéria, o que o Governo acatou.
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Assim, os polícias e militares continuam a ser obrigados a descontar parte do seu salário para os subsistemas SAD e ADM, respectivamente.
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Estes aumentos dos descontos dos funcionários públicos, militares e polícias devem render um encaixe de 160 milhões de euros este ano.
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Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, Marques Guedes afirmou que neste diploma não está previsto o alargamento do âmbito da ADSE e outros subsistemas, pois este pretende apenas conseguir a “resolução do problema orçamental” criado após o chumbo do TC. “Todas as outras matérias continuarão a ser estudadas. Estão a ser estudadas pelos Ministérios envolvidos”, referiu.
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Radiografia aos três subsistemas públicos de saúde
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Quase 1,3 milhões usam ADSE para irem a privados
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A ADSE surgiu há 50 anos para assistir os funcionários públicos. Este subsistema foi-se alargando a reformados do Estado e respectivos agregados familiares e hoje beneficiam da ADSE perto de 1,3 milhões de beneficiários. Com cerca de 40 mil entidades privadas com acordo com a ADSE, os beneficiários nuns casos fazem apenas o co-pagamento e noutros pagam a totalidade da factura e são reembolsados.
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Entre os principais benefícios destacam-se as consultas e internamento no privado, a comparticipação em óculos, lentes e outros meios de correcção. Apesar de os descontos estarem a subir (estão nos 2,5%), continua a ser melhor do que qualquer seguro.
Subsistema dos militares serve 132 mil
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Em 2012, beneficiavam do regime jurídico da Assistência na Doença aos Militares das Forças Armadas (ADM) 132 mil pessoas, entre militares no activo, na reserva e na reforma, deficientes das Forças Armadas, alunos das academias militares, pessoal militarizado e familiares.
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O leque de entidades de saúde privadas com acordo com a ADM é inferior ao da ADSE. Em 2012, estavam em vigor 921 acordos. Os profissionais queixam-se precisamente da ausência ou do baixo número de acordos em algumas zonas do País. Desde Janeiro do ano passado que a ADM deixou de aceitar a subscrição de cônjuges dos titulares de ADM. O desconto é igual ao da ADSE.
Polícias gostavam de conhecer contas da SAD
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Este é provavelmente o subsistema com menos informação disponível. Sem um site onde se possa consultar relatórios de actividades é difícil saber quantos beneficiam dele e qual a sua receita e a despesa. Polícias e militares da GNR descontam para este subsistema de saúde (no mesmo que para a ADSE e ADM) e dizem ser menos vantajoso do que a ADSE por ter uma rede de convencionados menor.
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Antigamente havia mais protocolos porque eram feitos pela GNR e pela PSP, mas passou tudo a ser centralizado pela ADSE. Desde 2005 que os cônjuges dos polícias deixaram de ter direito ao subsistema, a menos que estejam desempregados e sem subsídios.
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