Emprego no Estado abranda. Salário total médio cresce 7,1%
O emprego no Estado cresceu 0,6% em termos homólogos no terceiro trimestre do ano, ao ritmo mais baixo alto desde final de 2015. Os dados divulgados esta terça-feira pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) também revelam que os salários totais (incluindo suplementos) estão em média a subir 7,1%, o valor nominal mais alto da série.
A Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) mostra que face ao trimestre anterior o emprego caiu quase 1%, mas o recuo é habitual no terceiro trimestre, por causa dos professores (embora seja agora mais alto do que anos anteriores). E a DGAEP confirma que a redução face ao trimestre anterior se deveu à quebra de 6.050 empregos que refletem a cessação de contratos a termo de professores e técnicos superiores das atividades de enriquecimento curricular.
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Na comparação homóloga, que não é influenciada por fatores sazonais, a subida foi de 0,6%, para 738 mil trabalhadores do Estado, ficando em linha com o trimestre anterior (ou ligeiramente abaixo). É a variação homóloga mais baixa desde finais de 2015.
"Face ao período homólogo, o emprego nas administrações públicas aumentou 0,6% (+4.346 postos de trabalho), principalmente em resultado do aumento registado no subsetor da administração local (+2,6%, correspondendo a +3.344 postos de trabalho), em particular nas câmaras municipais e nas juntas de freguesia", diz a DGAEP.
Na administração central, "o aumento de 1.460 postos de trabalho (+0,3%) resultou sobretudo das variações registadas nos técnicos superiores (+1 339), docentes do ensino universitário e superior politécnico (em conjunto registaram +989 postos de trabalho), enfermeiros (+360) e médicos (+306)", acrescenta.
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Vencimento bruto total sobe 7,1%
Por outro lado, os dados mostram que o salário base médio subiu 5,6%, em termos homólogos, em julho. Contudo, considerando a remuneração total (o chamado "ganho", que inclui suplementos), a média sobe 7,1%, para 1.956 euros brutos.
Os salários de julho já refletem o acréscimo de 1% que foi decidido na primavera, e aplicado com retroativos a janeiro.
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Este aumento verifica-se após um período de inflação elevada (7,8% no ano passado). A análise do INE que geralmente compara a variação dos salários com a inflação mais recente, com base em dados administrativos, tanto do setor público como privado, foi adiada por falta de recursos humanos.
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