Governo prepara novo pacote de simplificação para o IVA, IEC e automóvel
Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais anunciou novas medidas de simplificação em mais uma proposta de lei que será apresentada à margem da proposta de Orçamento do Estado para 2026. Finanças estão também a preparar um novo regime de taxas para a administração pública, mas só para 2026.
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O Ministério das Finanças está a preparar um novo pacote de medidas de simplificação fiscal, para as áreas do IVA, Impostos Especiais sobre o Consumo (IEC) e Imposto Sobre Veículos (ISV), anunciou esta quinta-feira a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais. Esta proposta vai juntar-se a uma outra em matéria de justiça fiscal, esta na sequência do trabalho elaborado pela Comissão para a Revisão do Processo e Procedimento Tributário e das Garantias dos Contribuintes, Rogério Fernandes Ferreira, cujas conclusões já foram entregues e estão agora a ser avaliadas pelo Governo.
Cláudia Reis Duarte falava durante uma conferência sobre a proposta de OE organizada pela Universidade Católica e pela consultora KPMG.
As novas medidas de simplificação fiscal, agora em preparação, vão somar-se a um outro conjunto, já aprovado no início deste ano, que pretenderam reduzir os custos de contexto para famílias e empresas no cumprimento das suas obrigações fiscais.
A secretária de Estado não avançou detalhes sobre as novas medidas, mas explicou, também, que o seu ministério tem igualmente em mãos o novo regime de taxas da administração pública, que visa condensar num único diploma todo um conjunto de taxas que se encontra disperso por diferentes diplomas legislativos. Foi constituída uma comissão, a quem foi confiada a missão de desenvolver o anteprojeto e cujo trabalho já foi apresentada ao ministro das Finanças, e o Governo espera agora ter uma proposta pronta ao longo de 2026.
Cláudia Reis Duarte destacou ainda medidas como a descida do IRC ou o novo regime para os grupos de IVA, já aprovados no Parlamento, tudo alterações que estão a ser levadas a cabo à margem da proposta de OE para 2026 que este ano surge “enxuta e sem cavaleiros orçamentais” e na qual “não se aumentam impostos”, como fez questão de sublinhar.
A proposta de OE, afirmou, “dá continuidade” ao atual OE, que “marcou o inicio de uma nova abordagem”, com medidas que reforçam a “transparência e eficiência” e um “compromisso com a estabilidade financeira, divida publica e investimento publico”. E representa “um esforço de consolidação orçamental para proteger o pais de choques externos”, salientou.
Cláudia Reis Duarte quis ainda lembrar que este é o primeiro OE em que todos os ministérios operam sob o modelo de orçamentação por programas, o que, defendeu, permitirá uma maior operacionalização e responsabilização de decisores, bem como “uma maior articulação entre politicas publicas”.
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