Advogado líder de camionistas que pararam o país tem queixa-crime por burla
Nunca foi motorista, mas é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), tendo sido a principal cara do movimento que provocou pânico nos portugueses sem combustível.
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Advogado de profissão, foi Pedro Pardal Henriques, de 41 anos, que dominou o palco mediático e as negociações dos grevistas com os patrões. A comunicação social tem, nos últimos dias, tentado traçar o perfil do homem que liderou um protesto que quase parou o país.
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Na sua edição deste sábado, o Diário de Notícias (DN) dá conta que o advogado Pardal Henriques é alvo de queixas por parte de muitos clientes, e que tem pelo menos um processo a correr contra ele no DIAP de Lisboa.
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De acordo com o DN, o processo foi posto por um investidor francês em Portugal que acusa Pardal de lhe ter "ficado" com 85 mil euros que seriam para comprar uma propriedade no centro do país.
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A este montante acresce outras quantias por serviços pagos mas alegadamente não realizados, como 2.500 euros para criar uma empresa, 500 de registo, cinco mil para registar uma empresa na zona franca da Madeira, ou 1.400 simplesmente para obter um NIF português.
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Com o investidor francês, que se identificou ao DN, a querer manter anonimato, foi a sua gestora de negócios, a francesa Lysiane Lecoeur, que contou o caso ao jornal. "Há que denunciá-lo", disse, garantindo que ela própria foi uma das vítimas da alegada má prática de Pedro Pardal Henriques.
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O investidor francês, que é reformado, vive entre Portugal e em França e tem negócios em plásticos decorativos, queixou-se que Pardal não fez o negócio nem devolveu o dinheiro.
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Ainda de acordo com o relato do DN, em e-mails trocados, o advogado alegava que a conta de onde podia tirar o dinheiro estava "congelada pelo Banco de Portugal" - assumia a dívida, mas não se responsabilizava, e prometia resolver. Até hoje.
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Fazendo-se notar por conduzir um Maserati preto, afinal, descobriu o DN, o carro de Pardal Henriques é de um rent-a-car de um amigo do Norte, custava-lhe 2.500 euros por mês de aluguer. "E terá os últimos quatro meses em falta", remata o jornal.
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