Corrupção no Turismo do Norte: Concluído um de cinco interrogatórios por viciação de contratos
Melchior Moreira, presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, foi o único dos cinco detidos no âmbito de uma investigação sobre viciação de procedimentos de contratação pública que concluiu o seu depoimento perante o Tribunal de Instrução Criminal (TIC).
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Segundo um advogado do processo, o interrogatório a Moreira terminou já na madrugada deste sábado, 20 de Outubro.
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As diligências foram retomadas na manhã deste sábado, com a audição, por esta ordem, dos arguidos Isabel Castro, directora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Gabriela Escobar, jurista daquela entidade, o empresário de Viseu José Agostinho e Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana).
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Outro advogado do processo adiantou, já na sexta-feira, que todos os arguidos iriam responder às perguntas do juiz de instrução criminal.
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"Podem até vir a alterar essa pretensão, mas todos demonstraram vontade em falar", disse então.
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As medidas de coacção serão divulgadas no final dos interrogatórios, subsistindo dúvidas sobre se isso poderá acontecer ainda hoje, no domingo ou mesmo na segunda-feira.
Os cinco arguidos foram detidos na quinta-feira pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito da denominada operação "Éter", que incluiu ainda buscas em entidades públicas e sedes de empresas.
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Em causa estarão ajustes directos realizados nos últimos dois a três anos, que somados ultrapassam os cinco milhões de euros.
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À Lusa, fonte policial, disse que em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influências, recebimento indevido de vantagem e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte do país.
"A investigação, centrada na actividade de uma pessoa colectiva pública, determinou a existência de um esquema generalizado, mediante a actuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste directo com o desiderato de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular", assinalou a PJ, através da sua Directoria do Norte.
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