Ministério Público deixa cair acusações contra três arguidos na Operação Marquês
O Ministério Público deixou cair acusações contra três dos arguidos da Operação Marquês. João Abrantes Serra, advogado que esteve envolvido no negócio entre a Portugal Telecom e a brasileira Oi, Joaquim Paulo da Conceição, administrador do grupo Lena, e Paulo Lalanda de Castro, ex-presidente da Octapharma, não são acusados no processo em que José Sócrates é visado por 31 crimes.
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"O Ministério Público, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, proferiu nove despachos de arquivamento, nomeadamente em relação aos arguidos João Abrantes Serra, Joaquim Paulo da Conceição e Paulo Lalanda e Castro", assinala o comunicado emitido pela Procuradoria-Geral da República esta quarta-feira, 11 de Outubro.
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Quando o Ministério Público faz investigações, pode avançar com acusações, se considerar ter bases concretas para fazê-lo, ou pode optar pelo arquivamento. O ex-primeiro-ministro é um dos acusados no processo iniciado em 2013, tendo agora de ser sujeito a julgamento. Já os três visados no comunicado são alvo de arquivamento, pelo que não lhes são imputadas quaisquer práticas susceptíveis de configurarem crimes.
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De qualquer forma, Lalanda de Castro será alvo de investigação num outro processo, mais precisamente a farmacêutica que liderava, a Octapharma, para a qual trabalhou José Sócrates: "No que a este último diz respeito foi extraída uma certidão para investigação de factos relativos a sociedades que controlava", admite a PGR. A empresa já era mencionada noutros processos, como o O-Negativo, que investiga o fornecimento de plasma ao Serviço Nacional de Saúde.
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Joaquim Paulo da Conceição era o líder do Grupo Lena, mas acabou por não ser visado na Operação Marquês. Já a empresa que liderava e outras subsidiárias (Lena SGPS, Lena Engenharia e Construções SA e Lena Engenharia e Construção SGPS) são acusadas de práticas de crimes de corrupção activa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
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João Abrantes Serra, que fez trabalho de advocacia em torno do negócio Oi/PT, também não, ainda que a condução PT seja um dos aspectos que leva à acusação a José Sócrates, Ricardo Salgado, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava.
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