"Não tem o que é preciso". Musk retira apoio a Nigel Farage

Depois de, no mês passado, Elon Musk ter posado junto a Nigel Farage, líder do partido "Reform UK", este domingo, o dono do X usou a rede social para afirmar que o britânico não tem o que é preciso para estar à frente do partido.

"O partido Reform precisa de um novo líder. Nigel Farage não tem o que é preciso", escreveu. Em resposta, o britânico - que horas antes tinha considerado Musk "um amigo" - reconheceu que a declaração do dono do X era "uma surpresa" e que, apesar de considerar o empresário um indivíduo notável, discordava da sua opinião.

Well, this is a surprise! Elon is a remarkable individual but on this I am afraid I disagree.

My view remains that Tommy Robinson is not right for Reform and I never sell out my principles. https://t.co/V7iccN6usS

A proximidade entre Musk e Farage era já vista como um sinal de que o dono da Tesla, que é atualmente o homem mais rico do mundo, estaria a planear fazer uma grande doação ao Reform - partido que, nas mais recentes eleições, conseguiu 4,1 milhões de votos, ou 14% do total - para o ajudar a fazer frente aos Trabalhistas e aos Conservadores.

Recentemente Elon Musk já tinha feito comentários sobre o cenário político alemão, apoiando a Alternativa para a Alemanha, um partido anti-imigração e anti-islâmico rotulado como extremista de direita pelos serviços de segurança alemães. O país tem eleições marcadas para fevereiro.

Farage já se tinha distanciado de Musk em relação aos seus comentários xenófobos e, na sua resposta, recusou considerar Stephen Yaxley-Lennon, conhecido pelo pseudónimo de Tommy Robinson, para a liderança do Reform.

O ativista britânico anti-imigração e anti-islâmico, que parece merecer a simpatia de Elon Musk, está atualmente a cumprir prisão por desrespeito ao tribunal.