Primeiro telefonema entre Biden e Xi aborda práticas económicas "injustas e coercivas" de Pequim
Na chamada, três semanas depois de ter sido empossado, Joe Biden manifestou "profunda preocupação" relativamente às práticas económicas "injustas e coercivas" de Pequim, a repressão em Hong Kong, as "violações dos direitos humanos" em Xinjiang, onde vive a minoria muçulmana uigure, bem como as ações sobre Taiwan.
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Os dois dirigentes falaram também da pandemia da covid-19 e dos "desafios comuns" que representam a segurança sanitária mundial e as alterações climáticas, de acordo com a Casa Branca.
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No ano passado, Pequim impos a lei da segurança nacional à região semiautónoma de Hong Kong e, desde então, vários ativistas e defensores pró-democracia foram detidos. O diploma pune atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua.
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De acordo com observadores, mais de um milhão de uigures estão ou estiveram detidos em campos de reeducação política em Xianjiang.
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Pequim recusa o termo "campos" e afirma tratarem-se de centros de formação profissional, destinados a dar emprego à população e, desse modo, a afastá-la do extremismo religioso.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
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Taiwan, que se designa República da China, tornou-se numa democracia com uma forte sociedade civil, mas Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação pela força.
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Pequim critica qualquer relação oficial entre países estrangeiros e Taipé, trocas que considera um apoio ao separatismo de Taiwan.
Os Estados Unidos são o maior apoiante militar da ilha contra as ameaças chinesas e um defensor da participação de Taiwan em reuniões de organizações internacionais.
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A posição do novo Presidente norte-americano é muito aguardada face às relações sino-norte-americanas devido às numerosas questões em que as duas primeiras potências mundiais mantêm posições divergentes.
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Se, por um lado, Biden manifestou a vontade de não seguir a política externa do Donald Trump, este é um dos raros dossiês onde poderá manter uma certa continuidade com o antecessor.
Numa entrevista difundida no domingo no canal de televisão CBS, Joe Biden advertiu que a rivalidade entre os Estados Unidos e a China seria uma "concorrência extrema", ao mesmo tempo que garantiu pretender evitar "um conflito" entre os dois países.
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