Ao minuto13.10.2025

EUA e países do Médio Oriente assinam acordo de cessar-fogo em Gaza

Depois da libertação dos reféns israelitas, para esta segunda-feira está previsto o início da libertação de quase 2000 prisioneiros palestinianos e a assinatura oficial do acordo de paz. Siga em direto.
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Foto: Yoan Valat / EPA Donald Trump discursa num pódio com o selo presidencial Foto: Yoan Valat / AP Acordo Egito Trump Foto: Oded Balilty / AP Protesto pelo regresso dos reféns israelitas libertados Foto: Evan Vucci / AP Donald Trump chega a Israel Foto: Evan Vucci / AP Donald Trump chega a Israel Foto: Evan Vucci / AP Donald Trump chega a Israel Foto: Ariel Schalit / AP Foto: Francisco Seco / AP Foto: Ariel Schalit / AP Foto: Leo Correa / AP Foto: Amr Nabil / AP Donald Trump discursa num pódio com as bandeiras de Israel e Bahrein ao fundo
Negócios 13 de Outubro de 2025 às 18:12
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13.10.2025

EUA e países do Médio Oriente assinam acordo de cessar-fogo

Yoan Valat / AP

Os EUA e outros países que foram mediadores nas negociações do cessar-fogo em Gaza – e que incluem o Egito, o Catar e a Turquia – já assinaram o documento que sela o entendimento entre as diferentes nações para o cessar-fogo em Gaza. Israel não esteve representado, nem o grupo Hamas.

"As nações árabes tornaram este acordo possível", comentou Donald Trump, num discurso já depois da assinatura do documento.

Não é ainda claro quais são os pontos exatos do acordo assinado nesta segunda-feira, mas segundo Trump tem a "regulação" que vai definir os termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Já uma fotografia que capta parte do acordo permite perceber que um dos pontos é "tolerância, dignidade e igualdade de oportunidades para todas as pessoas nesta região".

A assinatura do acordo foi feita na tarde desta segunda-feira no Egito.

13.10.2025

Trump termina com visão de prosperidade para o Médio Oriente

Evan Vucci / AP

No encerramento do seu discurso, Donald Trump voltou ao tom positivo das declarações, apostando num futuro risonho para os países que compõem a região do Médio Oriente.

"Fizemos a paz juntos. E esta semana, contra todas as possibilidades, fizemos o impossível e trouxemos os reféns para casa", disse o líder dos EUA.

"Vamos criar um futuro, uma herança da qual toda a gente nesta região possa orgulhar-se. Vamos ter esperança, harmonia e oportunidade", acrescentou, para depois sentenciar: "Israel, a América e todas as nações do Médio Oriente vão ser mais fortes e mais prósperas do que alguma vez foram".

"Adoro Israel, estou convosco", concluiu Donald Trump antes de ser novamente ovacionado pela assembleia israelita.

Donald Trump vai agora seguir para o Egito, onde vai realizar-se uma cimeira que vai reunir líderes de 20 países, para discutir aquele que será o futuro da Faixa de Gaza e da sua população. Além de Donald Trump e de Abdel Fattah el-Sisi, o Presidente egípcio, está confirmada a participação do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, do Presidente francês, Emmanuel Macron, do chanceler alemão, Friedrich Merz, do Presidente turco, Recep Erdogan, e ainda de António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, entre outros líderes.

13.10.2025

Hamas vai ser desarmado, garante Trump

O Presidente dos EUA, Donald Trump, revelou que "virtualmente toda a região" do Médio Oriente apoiou o plano de cessar-fogo em Gaza, e que implica a desmilitarização da região de Gaza e o desarmamento do grupo Hamas.

"Chegou a hora de traduzir estas vitórias contra os terroristas no campo de batalha no tão desejado prémio de paz e prosperidade do Médio Oriente".

13.10.2025

"A escolha para os palestinianos é clara", diz Trump. "É a oportunidade de se afastarem do terror e da violência"

Evelyn Hockstein / AP

Donald Trump virou depois o seu discurso para a questão específica de Gaza.

"O Médio Oriente está finalmente pronto para abraçar o seu extraordinário potencial. As décadas de fomentação do terrorismo e de antissemitismo não funcionaram, foram um desastre", considerou o líder americano.

"Estava a ficar desagradável no mundo. Eu dizia ao Bibi [alcunha de Benjamin Netanyahu], o momento é agora, o mundo é um sítio muito grande e este pedaço de terra é muito pequeno. Quando olhas para o mapa do Médio Oriente, tens um pequeno ponto, pensa no que fizeste, é incrível. Mas o mundo está a adorar Israel outra vez. O mundo é grande e é forte. E, em última instância, o mundo ganha", alertou Trump ao líder israelita, sobre o descontentamento e protesto da comunidade internacional com o genocídio em Gaza.

"O mundo queria paz e Israel queria paz. Se tivessem lutado por mais três ou quatro anos... Estava a ficar feio. O timing é brilhante e [Bibi] vais ser lembrado por isto, não pela continuação da guerra. Quero dar-te os parabéns por teres tido a coragem de dizer 'ganhamos'. Foi preciso muita coragem".

Para Donald Trump, este é também o momento para os palestinianos em Gaza escolherem o caminho que querem seguir daqui em diante. "A escolha para os palestinianos é clara. É a oportunidade de se afastarem do terror e da violência", atirou o Presidente dos EUA.

"Este é o momento para construírem o seu povo em vez de tentarem derrubar Israel", concluiu Trump.

13.10.2025

Irão estava a dois meses de ter arma nuclear, revela Trump

A Operação Martelo da Meia-Noite (Midnight Hammer, no original em inglês), que juntou os EUA e Israel num ataque contra as instalações nucleares do Irão, atrasou os planos do Irão de criar uma arma nuclear. E segundo o Presidente dos EUA, os iranianos estavam muito perto desse objetivo.

"O Irão estava a dois meses de criar uma arma nuclear, esta era a nossa última oportunidade", disse perante a assembleia israelita, num discurso nesta segunda-feira.

"Tiramos uma grande nuvem de cima do Médio Oriente e de Israel. E foi uma honra ajudar".

Donald Trump explicou depois alguns detalhes da operação, como a utilização de 52 aeronaves de abastecimento para os bombardeiros em trânsito, ou como um general norte-americano lhe revelou que, todos os anos, os EUA treinavam três vezes uma eventual missão de bombardeamento do Irão.

"Eles levaram uma grande pancada, não foi?", questionou Trump, perante o Knesset.

"E se conseguíssemos fazer um acordo com eles [Irão]? Não seria bom? Eles querem sobreviver, não querem voltar a escavar buracos nas montanhas que acabaram de ser bombardeadas", comentou o Presidente dos EUA. "Penso que temos uma uma hipótese [de acordo com o Irão]. Mas primeiro temos de tratar da Rússia. Se não te importares Steve [Whitkoff], vamos focar-nos na Rússia".

13.10.2025

Trump: "Temos armas com que os outros nem sonham e esperamos não ter de usá-las"

Depois de um primeiro momento mais contido, com palavras de conciliação, o espírito combativo de Donald Trump surgiu a meio do discurso.

"A minha personalidade é sobre acabar com as guerras e parece funcionar", sublinhou Donald Trump, pelo facto de ter sido instrumental no alcançar de um acordo de cessar-fogo em Gaza.

Mas para o caso de ser necessário os EUA entrarem num conflito, "numa guerra, não vamos ser politicamente corretos", assegurou Donald Trump. "É tudo sobre fazer a paz através da força, como disse o primeiro-ministro de Israel", acrescentou no seu discurso na assembleia de Israel, o Knesset.

"Temos armas com que os outros nem sonham e esperamos não ter de usá-las", atirou Donald Trump.

"Mas fazemos o que temos de fazer. Fazemos as melhores armas do mundo e demos muitas delas a Israel".

13.10.2025

Trump sobre fim do conflito em Gaza: "É um amanhecer histórico de um novo Médio Oriente"

Chip Somodevilla / AP

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que o fim do conflito em Gaza representa "um amanhecer histórico de um novo Médio Oriente".

"[O Médio Oriente] É uma região que vai viver em paz para toda a eternidade", considerou o líder americano.

"Isto não é apenas o fim de uma guerra, é o início da fé e da esperança", acrescentou Donald Trump.

13.10.2025

Netanyahu: "Trump é o maior amigo que o Estado de Israel já teve na Casa Branca"

Chip Somodevilla / AP

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse esta segunda-feira que "Donald Trump é o maior amigo que o Estado de Israel já teve na Casa Branca".

Num discurso na assembleia israelita, o Knesset, Benjamin Netanyahu sublinhou que "nenhum presidente fez mais por Israel e os outros presidentes não estão sequer perto". "Já vi muitos presidentes americanos, mas nunca vi ninguém a mexer o mundo tão rápido, tão decisivamente, como o nosso amigo Donald J. Trump".

"Obrigado pela proposta [de cessar-fogo] que teve o apoio de quase todo o mundo, que trouxe os nossos reféns para casa, uma proposta que acaba com a guerra, atingindo todos os nossos objetivos. Uma proposta que abre a porta para uma expansão histórica da paz na região. Juntos, vamos conseguir esta paz", acrescentou o líder israelita.

Donald Trump, que está em Israel para acompanhar o desenrolar do , está na assembleia israelita, perante a qual também vai discursar. O Presidente dos EUA vai depois partir para o Egito, onde vai participar numa cimeira que vai reunir líderes de 20 países, para discutir aquele que será o futuro da Faixa de Gaza e da sua população

O líder americano foi recebido com uma ovação de pé, durante alguns minutos, por todos aqueles que marcaram presença no Knesset nesta segunda-feira. 

Israel anunciou, através de Amir Ohana, membro do Knesset, que vai iniciar uma campanha para que Donald Trump seja candidato a receber o Prémio Nobel da Paz em 2026.

"Pagamos um preço alto por esta guerra, mas os nossos inimigos perceberam quão poderoso e quão determinado Israel é", acrescentou Benjamin Netanyahu durante o seu discurso.

"Este é um momento importante, com o regresso dos reféns a casa. Não há palavras para descrever a sua agonia. No início da guerra, prometi trazer todos os reféns para casa. Hoje, com a ajuda indispensável do Presidente Trump, e com o sacrifício e coragem dos soldados de Israel, estamos a cumprir essa promessa".

Durante o discurso, o líder israelita deixou também um ataque forte à Organização das Nações Unidas. Numa longa lista de agradecimentos a Donald Trump, que incluiu o apoio na operação Martelo da Meia-Noite, contra o programa nuclear do Irão, Netanyahu agradeceu ao Presidente dos EUA "por defender Israel das mentiras da Organização das Nações Unidas".

(Notícia atualizada com mais informação)

13.10.2025

Todos os reféns israelitas ainda vivos já foram libertados. Netanyahu não vai ao Egito

Já foram libertados todos os reféns israelitas ainda vivos, anunciou primeiro o grupo Hamas e confirmaram entretanto as Forças de Defesa de Israel (IDF). As IDF adiantam também a informação de que o segundo grupo de reféns vivos já foi transferido e está a caminho de um posto controlado pelas tropas israelitas. Pelas 07:40 horas de Lisboa foi libertado um primeiro grupo de sete reféns, tendo um segundo grupo de 13 reféns sido libertado pelas 09.00 horas. A entrega dos reféns faz parte do .

O Hamas adiantou ainda que alguns corpos dos reféns mortos serão entregues ainda durante esta segunda-feira.

Os reféns israelitas foram entregues à Cruz Vermelha e vão primeiro ser recebidos num hospital de campanha para os primeiros exames médicos. Aqui, também terão o primeiro contacto com as suas famílias.

Entretanto, o Presidente dos EUA, Donald Trump, já aterrou em território israelita e seguiu viagem com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Os dois estão atualmente no Knesset, a assembleia israelita, onde Donald Trump vai discursar. O líder americano assinou o livro de visitas do Knesset, no qual escreveu a seguinte mensagem: "É uma grande honra para mim e um dia grandioso e bonito. É um novo começo".

Uma multidão de israelitas está também concentrada na Praça dos Reféns, que se tornou num local de referência após o ataque do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro de 2023, onde as famílias das vítimas e dos reféns se reúnem com frequência.

Para esta segunda-feira está também previsto o início da libertação de quase 2000 prisioneiros palestinianos por parte de Israel. Segundo a agência Reuters, os primeiros autocarros com os prisioneiros palestinianos já começaram a sair da prisão de Ofer.

Nesta segunda-feira vai realizar-se ainda uma cimeira, no Egito, que vai reunir líderes de 20 países, para discutir aquele que será o futuro da Faixa de Gaza e da sua população. Além de Donald Trump e de Abdel Fattah el-Sisi, o Presidente egípcio, está confirmada a participação do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, do Presidente francês, Emmanuel Macron, do chanceler alemão, Friedrich Merz, do Presidente turco, Recep Erdogan, e ainda de António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas.

A presidência egípcia chegou a confirmar, segundo a Reuters, que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também iria participar na cimeira de Sharm el-Sheikh, ao contrário do que estava inicialmente previsto, mas Netanyahu vai mesmo ficar de fora, segundo o próprio gabinete do PM israelita, também citado pela Reuters.

(Notícia atualizada com mais informação)


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