China acusa EUA de "chantagem" após a ameaça de tarifas sobre importações de 200 mil milhões
Os EUA impuseram tarifas sobre importações chinesas de 50 mil milhões de dólares. A China respondeu. O presidente dos EUA pediu para que fossem identificados mais produtos, correspondentes a 200 mil milhões de dólares de importações, para que possam ser aplicadas novas tarifas.
Os EUA anunciaram a implementação de tarifas sobre 50 mil milhões de dólares importações chinesas. Pequim reagiu e implementou tarifas sobre importações de montante idêntico. Estas medidas foram anunciadas no dia 15 de Junho. Nesse dia Donald Trump, quando anunciou a implementação de tarifas sobre os tais 50 mil milhões de dólares de importações avisou que se houvesse retaliação por parte da China, haveria nova resposta.
E esta está a ser preparada. Um comunicado emitido esta madrugada pela Casa Branca revela que o presidente dos EUA deu instruções ao gabinete de representante do Comércio dos EUA para identificar produtos cujas importações ascendam a 200 mil milhões de dólares. O objectivo é impor 10% de tarifas sobre esses produtos. Trump terá ainda pedido para identificarem outros produtos cujas importações ascendam a 200 mil milhões de dólares para o caso China retalie.
"Os EUA não vão continuar a aceitar" que a China e outros países tirem partido dos EUA no que ao comércio diz respeito, salientou a Casa Branca, citada pela Bloomberg. "Vamos continuar a usar todas as ferramentas disponíveis para criar um sistema de comercial melhor e mais justo para todos os americanos", acrescentou a mesma fonte. Pequim acusa os EUA de "chantagem". "Se os Estados Unidos perdem o bom senso e publicam uma lista [de produtos visados], a China ver-se-á na obrigação de adoptar uma combinação de medidas quantitativas e qualitativas em forma de enérgicas represálias", indicou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado, citado pela Lusa. China garante assim que vai responder aos EUA na mesma moeda.
Pequim acusa os EUA de "chantagem". "Se os Estados Unidos perdem o bom senso e publicam uma lista [de produtos visados], a China ver-se-á na obrigação de adoptar uma combinação de medidas quantitativas e qualitativas em forma de enérgicas represálias", indicou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado, citado pela Lusa. China garante assim que vai responder aos EUA na mesma moeda.
Os investidores estão a reagir, provocando quedas generalizadas nas bolsas europeias e asiáticas.
Esta guerra comercial representa vários riscos para a economia mundial. E os EUA não escapam. O aumento de preços por via da subida das tarifas poderá ditar alguma contracção no consumo das famílias e elevar a inflação.
"As tarifas sobre importações de 50 mil milhões de dólares têm como alvo maquinaria e outros bens que não têm impacto directo nos consumidores", salienta à Bloomberg Tom Orlik, economista-chefe da Bloomberg Economics. Já impor tarifas sobre 200 mil milhões de dólares de importações deverá ter um impacto bastante mais alargado, salienta o mesmo responsável.
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