Banco de Inglaterra mantém taxa de juro directora inalterada

Numa decisão por unanimidade, os nove membros do comité de política monetária do Banco de Inglaterra votaram a favor da manutenção da taxa de juro directora em 0,5%. O BoE acompanha assim a decisão do BCE.
mark carney
Bloomberg
David Santiago 14 de Dezembro de 2017 às 13:33

O comité de política monetária do Banco de Inglaterra decidiu manter inalterada em 0,5% a taxa de juro directora do Reino Unido. Os nove membros daquele comité votaram esta decisão por unanimidade.

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Apesar de ter mantido a taxa de juro, o Banco de Inglaterra (BoE) considera que, no futuro, deverão ser necessários aumentos "modestos" dos custos do dinheiro para ajudar a taxa de inflação a recuar para próximo da meta de 2% ao longo dos próximos cinco anos. Em Novembro, a taxa de inflação no Reino Unido subiu para 3,1%.

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O banco central inglês considera que o actual baixo valor cambial da libra – a divisa britânica tem sido pressionada nos últimos meses pela incerteza em torno do Brexit – foi o factor decisivo para a subida da inflação.

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Nas minutas relativas ao encontro de Dezembro dos membros do BoE, o comité de política monetária da instituição não mostra apreensão relativamente à subida dos preços nos consumidores. Os analistas acreditam que em 2018 o BoE decrete duas subidas dos juros para que a taxa directora atinja 1% no final do próximo ano.

 

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MPC holds #BankRate at 0.50%, maintains government bond purchases at £435bn and corporate bond purchases at £10bn. pic.twitter.com/mrA5UcxxeY

A instituição liderada por Mark Carney antecipa que a economia britânica abrande no quarto trimestre deste ano face ao período compreendido entre Julho e Setembro em que registou um crescimento de 0,4%.

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Também por unanimidade, os nove elementos que integram o comité de política monetária do BoE decidiram manter inalterados os programas em curso de compra de activos, em 435 mil milhões de libras para obrigações de dívida pública e em 10 mil milhões de libras para obrigações de empresas.

 

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O BoE acompanha parcialmente a decisão hoje anunciada pelo Banco Central Europeu (BCE). A instituição liderada por Mario Draghi manteve as taxas de juro na área do euro, porém confirmou que o programa mensal de compra de activos, que continuará em vigor pelo menos até Setembro do próximo ano, será reduzido de 60 para 30 mil milhões de euros a partir de Janeiro.

 

Em sentido contrário, a Reserva Federal dos Estados Unidos prosseguiu ontem o trilho de normalização das políticas monetárias expansionistas adoptadas em resposta à crise financeira de 2007-08. O banco central americano anunciou esta quarta-feira o aumento da taxa de juro directora para um intervalo entre 1,25% e 1,50%, na terceira subida decretada em 2017 pela instituição ainda liderada por Janet Yellen.

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