BCE corta taxa de depósitos em 10 pontos base para -0,30%
O Banco Central Europeu cortou esta quinta-feira, 3 de Dezembro, a taxa de juro de depósitos em 10 pontos base para -0,30%. Uma decisão já aguardada, sendo que as previsões dos economistas dividiam-se entre -0,30% e -0,40%. Por outro lado, a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez mantiveram-se, respectivamente, em 0,05% e 0,30%.
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Mais uma medida histórica da instituição monetária da Zona Euro. Nunca a taxa que o BCE cobra aos bancos para depositarem lá o seu dinheiro foi tão negativa, naquele que é mais um passo para estimular a economia da Zona Euro. Com a decisão aprovada na reunião do Conselho de Governadores esta quinta-feira, a instituição liderada por Mario Draghi (na foto) pretende desincentivar os bancos a parquearem o dinheiro, de modo a aumentar a concessão de crédito à economia.
Já as taxas de juro de referência e de cedência de liquidez foram mantidas nos actuais mínimos históricos. Aqui a expectativa também apontava neste sentido, principalmente devido aos grandes receios em relação a uma taxa de juro de referência em "terreno" negativo.
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Mais medidas com a inflação "debaixo de olho"
Tal como aconteceu em Janeiro, quando o BCE anunciou o programa de compra de activos, o comunicado divulgado esta quinta-feira refere que "mais medidas de política monetária serão comunicadas pelo presidente do BCE". Em causa deverá estar a possível expansão e prolongamento das compras de activos nos mercados, actualmente orçados em 60 mil milhões de euros até Setembro de 2016.
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Qualquer que seja o anúncio, este será feito na conferência de imprensa agendada para as 13:30, na qual Mario Draghi irá detalhar as decisões aprovadas esta quinta-feira, em reunião do Conselho de Governadores. Após as declarações introdutórias do presidente do BCE, decorrerá uma sessão de perguntas e respostas com os jornalistas presentes na sede da instituição, em Frankfurt.
Com este conjunto de medidas, a instituição monetária da Zona Euro tem como principal objectivo atingir uma inflação próxima mas abaixo de 2%. Este é, aliás, o mandato do BCE, definido aquando da sua criação. E se é certo que Mario Draghi continua a dar a cara por medidas nunca antes vistas na união monetária, também é certo que o presidente do banco central sempre sublinhou que usaria todos os instrumentos ao seu alcance para impulsionar a inflação.
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