Centeno: política monetária deve manter-se mesmo após estabilização de preços

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, defende que o Banco Central Europeu deve manter-se em campo mesmo depois de a inflação se controlar, uma vez que ritmo de recuperação difere entre países.
Gonçalo Almeida 19 de Outubro de 2021 às 13:57

O Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, considera que o Banco Central Europeu (BCE) deve manter a política monetária mesmo depois de os preços estarem estabilizados na Zona Euro, de forma a conseguir suportar a recuperação e estabilidade financeira no médio-prazo.

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Numa conferência online, Centeno realça que os vários países da região vão recuperar a diferentes velocidades, de acordo com as previsões oficiais, e por isso é necessário criar um ambiente de recuperação favorável para todos. Defende ainda que "os bancos centrais" são cruciais na resposta à pandemia.

"As novas variantes do coronavírus e as dificuldades em termos de acesso e distribuição de vacinas tem prejudicado a velocidade da recuperação em termos globais, especialmente nos mercados emergentes e em desenvolvimento", acrescenta. 

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O BCE estará a estudar a criação de um novo programa de compra de dívida para lançar depois de o PEPP, o programa que foi criado para atenuar os efeitos da pandemia, terminar, de acordo com a Bloomberg. O atual cheque de 1,85 biliões deve ficar sem notas disponíveis em março do próximo ano.

A concretizar-se, pode ser uma forma de a autoridade liderada por Christine Lagarde continuar a injetar alguma flexibilidade na economia da Zona Euro, para tentar evitar uma retirada abrupta de qualquer apoio e assim prevenir uma reação negativa nos mercados. 

Na última reunião de política monetária, os membros da autoridade bancária concordaram que a flexibilidade se mantém como "chave" para as decisões futuras, apesar de terem anunciado uma redução nos programas de compras de ativos.

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