Investidores esperam que BCE continue a empurrar os juros para baixo com mais estímulos
O Banco Central Europeu (BCE) deverá voltar a pôr o pé no acelerador na próxima reunião de política monetária, que decorrerá esta semana, 10 de dezembro, numa altura em que os investidores esperam que Christine Lagarde, líder da instituição, continue a fazer com que os juros da dívida dos países da região se mantenham em patamares mínimos.
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Isto porque é expectável que o banco aumente e estenda o programa pandémico de compras de títulos até meados de 2022, de acordo com a Bloomberg, que cita membros do BCE, o que um prazo maior face ao que seria de prever. Os economistas questionados pela agência de notícias
Numa altura em que os juros dos países da Zona Euro se encontram em patamares mínimos - veja-se o exemplo de Portugal, cuja taxa de referência caiu para níveis negativos nos últimos dias - é previsível que a tendência assim se mantenha até depois do encontro de política monetária de dezembro. Hoje, os juros de Portugal a dez anos estão a cair
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Euro a dificultar metas da inflaçãoPara os investidores, parece ser mais evidente a agilidade do banco central para diminuir "spreads" nos juros dos países da região do que em fazer corresponder a inflação ao seu atual objetivo de ligeiramente abaixo 2%. Os "swaps" - contratos de troca - anexados à taxa de inflação a cinco anos mostram que os investidores não esperam os que o índice de preços suba para além dos 1,25% na primeira metade da próxima década. A dificultar a tarefa de Lagarde está a apreciação da moeda única, o que reduz os preços das importações para a região, depois de na semana passada o euro ter subido para máximos de abril de 2018, acima do patamar dos 1,20 dólares. As autoridades do banco central já alertaram para a subida da moeda única, em parte justificada pelo declínio do dólar. Contudo, parece haver alguma incerteza nos recentes métodos da instituição para resolver o problema, que se baseiam em comunicações diretas e mensagens fortes para o mercado. "O problema é que a intervenção verbal apenas resulta durante um tempo", diz Jane Foley, analista de câmbio do Rabibank, à Financial Times.
A dificultar a tarefa de Lagarde está a apreciação da moeda única, o que reduz os preços das importações para a região, depois de na semana passada o euro ter subido para máximos de abril de 2018, acima do patamar dos 1,20 dólares.
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As autoridades do banco central já alertaram para a subida da moeda única, em parte justificada pelo declínio do dólar. Contudo, parece haver alguma incerteza nos recentes métodos da instituição para resolver o problema, que se baseiam em comunicações diretas e mensagens fortes para o mercado.
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