Sampaio: Ministro da Defesa destaca "extraordinário e exemplar português"

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, manifestou esta sexta-feira "mágoa" pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio e afirmou que ter uma "profunda admiração" pelo ex-chefe de Estado, que era um "extraordinário e exemplar português".
António Pedro Santos
Lusa 10 de Setembro de 2021 às 09:58

"Obrigado Jorge Sampaio", escreveu o ministro na sua conta na rede social Twitter.

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João Gomes Cravinho afirmou também que "não cabe num 'tweet', nem a mágoa da perda nem a profunda admiração por este extraordinário e exemplar português".

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, disse à agência Lusa fonte da família.

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O ex-chefe de Estado estava internado desde dia 27 de agosto no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, com dificuldades respiratórias.

Sampaio estava no Algarve, mas após sentir dificuldades respiratórias, e "dado o seu historial de doente cardíaco", foi transferido para Lisboa, disse na altura com fonte do seu gabinete.

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Jorge Sampaio, 81 anos, foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1996 e 2006.

Em 1989 foi eleito líder do Partido Socialista e na mesma altura foi eleito presidente da Câmara de Lisboa, tendo sido reeleito em 1993.

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Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e entre 2007 e 2013 foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens para trás sem acesso à educação.

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Jorge Fernando Branco de Sampaio desempenhou, ao logo da sua vida, os mais altos cargos políticos no país.

Iniciou o seu percurso, ainda estudante, como um dos protagonistas, na Universidade de Lisboa, da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, até ao 25 de Abril de 1974.

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Homem de esquerda e advogado de formação, defendeu casos célebres, como a defesa dos réus do assalto ao Quartel de Beja, o caso da `Capela do Rato', em que foram presas dezenas de pessoas que protestaram contra a guerra colonial

Depois do 25 de Abril de 1974, militou em formações de esquerda, como o MES, onde se cruzou com Ferro Rodrigues, ex-líder do PS atual presidente do parlamento, e só aderiu ao partido fundado por Mário Soares em 1978.

Mais tarde, foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

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