Costa: Somos o partido que mais ama a Europa e um exemplo na Europa
Estas posições foram transmitidas por António Costa na sessão de encerramento da Convenção Europeia do PS, em Vila Nova de Gaia, antes de apresentar o seu ministro Pedro Marques como cabeça de lista do partido às eleições europeias.
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"O PS é mesmo partido que melhor defende a Europa, porque é quem mais ama a Europa - e não há amor como o primeiro. A Europa foi o nosso primeiro amor e nunca duvidámos dele", declarou o líder socialista.
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Segundo António Costa, mesmo nas horas mais difíceis da 'Troika', entre 2011 e 2014, "nunca ninguém no PS duvidou de que era na Europa que o país devia estar, mas, da mesma forma, nesses duros anos, também nunca ninguém duvidou que o papel do partido era o de lutar para mudar a política da Europa".
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"Só o PS tem condições de expressar, de unir, de estabelecer pontes entre diferentes correntes europeias", advogou, antes de colocar os socialistas portugueses no mesmo lado político do presidente francês, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro grego, Aléxis Tsipras.
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"Sim, a nossa visão da Europa é a visão de Tsipras, é a visão de Macron, é a visão de todos aqueles que querem construir uma frente progressista na Europa", declarou.
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Na sua intervenção, o secretário-geral do PS traçou também, novamente, uma demarcação face aos partidos à sua esquerda, que defenderam Portugal fora da zona euro, mas, igualmente, uma demarcação relativamente às forças políticas à sua direita, dando como exemplo o percurso seguido pelo atual Governo.
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"Não quero passar do complexo do bom aluno que tivemos muitas vezes para a arrogância de querermos ser bons professores, mas também não quero ter a falsa humildade de dizer com todo o orgulho de que somos um bom exemplo para a Europa. Apesar de sermos um país pequenos, nunca nos apoucámos perante o mundo e nunca fechámos a nossa fronteira para receber aqueles que nos procuravam", disse.
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Mas o ataque de António Costa às forças políticas à sua direita foi ainda mais longe, aludindo então ao facto de o candidato apoiado pelo PSD e CDS para a presidência da Comissão Europeia, o alemão Manfred Weber, ter defendido a aplicação de sanções a Portugal em 2016.
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"Quando se discutiu na União Europeia se Portugal devia ter sido sancionado por entre 2011 e 2015 não ter feito tudo o que estava ao seu alcance para reduzir o défice e a dívida, houve alguns, como o candidato do Partido Popular Europeu (PPE), apoiado pelo PSD e CDS-PP, que defenderam fortes sanções a aplicar ao país. Mas ganhámos essa batalha", reivindicou.
António Costa acusou neste contexto elementos ligados ao anterior Governo de "terem ido para a Europa propagar a ideia de que íamos chamar o Diabo e que íamos levar o país para a bancarrota e para a desgraça".
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Numa tentativa de dramatização em torno do ato eleitoral de 26 de maio próximo, o secretário-geral do PS sustentou a tese de que as próximas eleições europeias "vão ser as mais importantes de sempre" - aqui, numa alusão aos "perigos" resultantes do crescimento de forças nacionalistas e populistas em vários Estados-membros.
Referiu-se mesmo ao caso da Hungria, com atentados à liberdade de imprensa e à autonomia do poder judicial, assim como a países (do leste europeu) que procuram fechar as suas fronteiras, colocando em causa o acordo de Schengen de livre circulação.
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Além das tensões isolacionistas, António Costa manifestou-se ainda apreensivo com o 'Brexit' e com a linha política seguida pela administração norte-americana ao colocar em causa acordos comerciais com a Europa, "ou quando se rasga o acordo sobre o controlo de armas nucleares com a Rússia".
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