Fracassa a moção de censura contra o Governo ucraniano
Um total de 194 deputados votou a favor do projecto de moção, mas eram necessários pelo menos 226 votos.
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O primeiro-ministro, no entanto, sai fragilizado desta sessão parlamentar, já que menos de 300 deputados (de um total de 450) participaram na votação.
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Além disso, grande parte dos deputados que apoiam a maioria governamental (pelo menos os presentes na sessão), e com a excepção da Frente Popular, de Yatseniuk, votou a favor da moção de censura.
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Surpreendentemente, a maioria dos deputados do pró-russo Bloco Opositor deixou a sala antes da votação. "Os resultados da votação de hoje, que não levaram à demissão do governo, deixaram, contudo, claro que o Governo não tem o apoio do parlamento, nem pode avançar com projectos de lei", disse Yuri Lutsenko, líder da oposição.
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Nos termos da legislação ucraniana, a próxima moção de censura só pode ser apresentada a partir de Setembro, quando o parlamento reiniciar a sua actividade após as férias de verão.
Um pouco antes, o Presidente da Ucrânia recomendara ao Governo que se demitisse, por a "sociedade ter retirado a confiança" ao seu gabinete. "A sociedade decidiu, claramente, que houve mais erros do que decisões acertadas. E é claro que as reformas só podem ser realizadas por um Governo que tenha a confiança dos cidadãos. Para restaurar a confiança, não basta terapia, é necessária cirurgia", disse Poroshenko num discurso à nação.
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Por seu lado, falando durante a apresentação dos relatórios anuais da administração do Governo, Yatseniuk sublinhou não ter intenção de renunciar e disse que o seu executivo "está pronto" para continuar a trabalhar sobre as reformas de que o país necessita.
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