Mulher de Fillon acusada de receber mais de meio milhão de euros ilegalmente
Penelope Fillon, a mulher de François Fillon, candidato presidencial republicano e ex-primeiro-ministro de França, está a ser acusada de ter recebido ao longo de oito anos cerca de 600 mil de euros através de contratos fictícios de assistente parlamentar do seu marido e de Marc Joulaud, deputado que o substituiu na Assembleia Nacional quando este foi para o governo.
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A três meses do arranque das eleições presidenciais francesas, a denúncia foi feita nesta quarta-feira, 25 de Janeiro, pelo semanário satírico Le Canard Enchainé e está já a ser investigada pela Procuradoria-geral de Paris, que anunciou esta tarde a abertura de um inquérito preliminar para apurar suspeitas de "desvio de fundos públicos, abuso de bens sociais e ocultação desses crimes", precisa o Le Figaro.
Em França não é proibida contratação de familiares para lugares de assistência a funções públicas. Em contrapartida, é ilegal e punida a ocultação destas situações através de contratos fictícios.
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Penelope Fillon, que tem dupla nacionalidade francesa e britânica, sempre se apresentou como dona de casa e como alguém que não tinha qualquer interferência no trabalho do seu marido na política, refere a imprensa francesa.
Desafiando os prognósticos, François Fillon derrotou Alain Juppé e venceu no fim de Novembro as primárias do Partido Republicano, sendo agora o seu candidato presidencial às eleições que terão a primeira volta em Abril e a segunda em Maio.
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Thierry Solère, porta-voz de Fillon, disse à AFP que Penelope foi "colaboradora" do marido enquanto este era deputado, e que se trata de uma situação "frequente".
Fillon, por seu turno, qualificou as revelações do Canard Enchainé de "bombas de mau cheiro". "É por ser minha esposa que não tem direito a trabalhar? Imaginem que um político diz que uma mulher, como refere este artigo, não sabe fazer que compotas, todas as feministas gritariam. É isto que tenho para vos dizer", acrescentou.
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