Congresso do PSD de A a Z

Até domingo, o PSD reúne para eleger novos órgãos do partido e definir estratégia. O Negócios vai seguir o congresso a partir de Espinho e preparou um guião dos temas que podem marcar o encontro dos sociais-democratas.
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Bruno Simões e Marta Moitinho Oliveira 01 de Abril de 2016 às 19:00

Autárquicas

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Estão já ao virar da esquina – têm lugar em Outubro de 2017 – e o congresso deste fim-de-semana será o último do PSD antes dessa importante eleição. Em 2013, o PSD registou uma pesada derrota e vai querer recuperar alguns dos bastiões que perdeu para os socialistas. O objectivo de Passos ter a maioria das câmaras.

 

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António Leitão Amaro

Foi secretário de Estado de Passos e é o homem que o acompanha e dá a cara pelas questões financeiras no Parlamento. Pode ser um dos novos vice-presidentes do PSD.

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Banca

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É um dos temas quentes do momento, que tem separado Passos de Costa, mas também de Marcelo Rebelo de Sousa. Passos teve de lidar com a intervenção no BES e a resolução do Banif, embora recente, ainda resultou de decisões anteriores.  Ambas tiveram impacto nas contas públicas. O tema vai continuar a marcar a agenda política, com a venda do Novo Banco, as mudanças na CGD, o BPI e o Banif.

 

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CDS

Foi o fiel parceiro de coligação durante os últimos quatro anos. PSD e CDS foram juntos a votos a 4 de Outubro, mas não conseguiram formar Governo. Com a saída de Portas e a entrada de Assunção Cristas, os caminhos dos dois já são separados e os centristas esforçam-se por afirmar a sua identidade.

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Descentralização

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É o caminho que Passos Coelho tem defendido para melhorar a qualidade dos serviços públicos e é a alternativa à regionalização. Teve um impulso considerável na legislatura passada.

 

Espinho

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É a cidade onde se realiza o 36.º Congresso do PSD, que começa esta sexta-feira e termina no domingo. Depois de eleito o líder em eleições directas, os sociais-democratas escolhem os novos órgãos do partido, onde é esperada "alguma renovação", e definem a estratégia a seguir daqui para a frente.

   

Execução orçamental

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O PSD está de olhos postos na execução do Orçamento do Estado. Caso as coisas estejam a correr mal a António Costa, será o momento em que Passos poderá capitalizar a sua alternativa de Governo. O líder do PSD aproveitará para dizer "eu bem avisei".

 

Estratégia

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A estratégia que Passos Coelho seguiu desde que lidera a oposição tem sido criticada por vários militantes do PSD, que já querem ver uma atitude mais assertiva da parte do líder do partido. O Congresso vai ser um momento importante para perceber se Passos afina a estratégia (ou não).

 

Financiamento do Estado

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Passos Coelho também defende a devolução de rendimentos, como o Governo, mas a um ritmo mais lento. O líder do partido não quer comprometer as metas orçamentais e arriscar a capacidade de financiamento que o Estado tem nos mercados.  

 

Geringonça

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O termo foi cunhado por Paulo Portas e pegou nos partidos à direita, que o adoptaram para descrever maneira o acordo de incidência parlamentar entre PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes que suporta o Governo.

 

Hugo Soares

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É outro dos dirigentes que tem ganho protagonismo no partido. Recentemente, em entrevista ao DN, defendeu a actuação de Carlos Costa. Pode ser outro dos novos membros a entrar para a direcção do PSD.

 

Investimento

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É a grande aposta de Passos Coelho para fazer a economia avançar. O líder do PSD considera que só com a captação de investimento externo será possível criar emprego e absorver o desemprego estrutural que se acumula. A tese faz parte da moção que leva ao Congresso.

José Eduardo Martins

É o principal opositor público de Passos Coelho. Vai ao congresso mas não desafia a liderança de Passos Coelho. O ex-ministro do Ambiente absteve-se na hora de escolher o líder do partido. Estará a marcar terreno e a guardar-se para o próximo congresso.

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Liberal

É este o pensamento económico de Passos Coelho. Defende menos Estado na economia (como se viu pelas privatizações que foram conduzidas), prioridade à iniciativa privada (enquanto aumentava o IRS, baixava o IRC) e não acredita que a economia cresça apenas pelo lado do consumo interno. Agora vai ao congresso afirmar-se social-democrata.

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Luís Montenegro

É o líder da bancada parlamentar do PSD, motivo pelo qual está em contacto permanente com Passos Coelho. O congresso deste fim-de-semana realiza-se na sua cidade natal.

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Maria Luís Albuquerque

Foi professora de Passos Coelho e sua ministra das Finanças. Durante algum tempo foi apontada como sucessora do líder do PSD. A sua entrada para a direcção do partido era dada como certa, mas a polémica que rodeia a sua contratação pela empresa Arrow parece retirar força a essa hipótese. Resta saber se Passos repete desta vez o que fez em 2014, quando deu a Miguel Relvas o número um no Conselho Nacional do partido, ou se prefere evitar críticas.  

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Morais Sarmento

É outro dos críticos da actual liderança do PSD, que diz que é de curto prazo. Mas não vai marcar presença no congresso.

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Marcelo

Como é evidente, o ex-presidente do partido e agora Presidente da República não estará no Congresso, mas o seu nome e as suas posições vão pairar sobre o congresso durante os três dias. Nem que seja nos corredores – já que a percepção pública é que Marcelo está mais próximo de Costa do que de Passos.

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Novembro

Foi a 10 de Novembro de 2015 que o segundo Governo de Passos Coelho fez história, ao cair devido ao chumbo do seu programa de Governo. Foi também nesse dia que o PS assinou os acordos – ou melhor, as posições conjuntas – com o Bloco de Esquerda, o PCP e Os Verdes.

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Orçamento para 2016

A estratégia do líder do partido para o Orçamento do Estado, com a decisão de não apresentar propostas de alteração, abstendo-se em todas as alterações dos outros partidos e votando contra todas as medidas do documento, gerou muitas críticas dentro do próprio partido. Passos não acredita que a execução do Orçamento permita um défice de 2,2% e vai estar atento a cada boletim da Direcção-Geral do Orçamento.

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Orçamento de 2017

É um momento chave para Passos Coelho. Se a maioria parlamentar de esquerda conseguir aprovar este Orçamento, a liderança de Passos Coelho pode ser posta em causa. Se não, poderá servir de impulso ao líder do partido que pode dizer que a maioria de esquerda só sobreviveu no curto prazo, não havendo nada mais que a una.   

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Passos Coelho

É líder do PSD desde 2010, depois de ter perdido para Manuela Ferreira Leite na primeira vez que disputou o partido. De então para cá, já foi reeleito três vezes para a presidência do partido, a última das quais no mês passado, com 95% dos votos. É o segundo líder mais longo do partido (só ultrapassado por Cavaco Silva). Pelo caminho foi primeiro-ministro por duas vezes, mas na última não chegou sequer a um mês o tempo em que o seu Executivo esteve em funções.

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Rui Rio

É um dos ausentes do congresso, mas é uma das figuras mais mediáticas na oposição a Passos Coelho. Falhada a candidatura a Belém, depois do avanço de Marcelo (que foi reeleito), Rui Rio poderá querer atacar a liderança do PSD em 2018.

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Relvas

O nome de Miguel Relvas causou espanto, há dois anos, quando foi sido colocado no Conselho Nacional no último congresso. Um regresso à política activa apadrinhado por Passos Coelho, depois de ter saído do primeiro Governo envolto pela polémica da falsificação da licenciatura. Só um em cada cinco congressistas votaram, então, na lista de Passos. Continuará neste órgão?

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Reformas estruturais

Continua a ser uma das apostas de Passos Coelho para tornar a economia mais competitiva, a começar pela reforma da Segurança Social. É também um desafio enquanto líder da oposição, já que terá de mostrar que as reformas que defende são mais acertadas do que as que o Governo quer incluir no Programa Nacional de Reformas.  

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Santana Lopes

Chegou a ser opositor de Passos Coelho em 2008, mas foram-se aproximando. Passos colocou Santana como provedor da Santa Casa da Misericórdia. Se falar no congresso, deverá ser meigo com o presidente do partido.

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Social-democracia

É o slogan de recandidatura de Passos, num aparente regresso à matriz ideológica do partido, cunhada por Sá Carneiro, que evidencia sensibilidade social e preocupações que, actualmente, costumam ser dos partidos de esquerda. É uma resposta do presidente do partido aos que o acusam de ter virado o PSD à direita.

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Tratado Orçamental

São as regras europeias que obrigam Portugal a baixar o défice estrutural em, pelo menos, 0,5 pontos percentuais do PIB. Passos Coelho olha para este Tratado como uma linha de orientação para a definição da política económica. Uma ideia também presente na moção.   

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União Europeia

Uma ajuda para Passos ou nem por isso. As posições que a Comissão Europeia adoptar perante as contas públicas portuguesas poderão servir de empurrão para o líder do PSD – se Bruxelas for exigente com o Governo de Costa – ou poderão penalizar a argumentação de Passos Coelho, se Bruxelas aceitar a flexibilidade que o Executivo de Costa defende.   

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Votos

Passos teve a maioria dos votos nas últimas legislativas, mas não conseguiu governar, porque a esquerda derrubou o seu Governo. O líder do PSD sabe assim que para sair vencedor de uma eleição não basta ter a maioria dos votos. É preciso jogo de cintura para conseguir consensos mais alargados.

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Ziguezague

Passos Coelho já foi obrigado a alterar a estratégia em duas situações. Assim que foi derrubado no Parlamento defendeu que o Governo do PS era ilegítimo. Agora a estratégia é outra: opta por esperar pelo divórcio da esquerda. Também na mensagem já foi forçado a fazer um ziguezague. Enquanto governante defendeu uma política económica liberal. Agora corrige, recuperando o slogan da social-democracia.

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