Passos diz que Governo tem tido "cooperação extraordinária" de Bruxelas
"Se há Governo que não se pode queixar da UE é este, porque tem tido uma cooperação extraordinária das instituições europeias", afirma Pedro Passos Coelho numa entrevista ao Público nesta sexta-feira, 21 de Outubro. "Não me parece que seja do lado da Comissão que se possam esperar restrições ou dificuldades", acrescenta.
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E, na sua opinião, também a decisão da DBRS, agência canadiana que hoje se vai pronunciar sobre o rating da República não deverá preocupar o Governo. "A DBRS tem dito que se sente confortável com a notação que atribui a Portugal enquanto a UE e o BCE garantirem a dívida portuguesa, que é o que está a acontecer", explica.
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Ainda assim, deixa uma alfinetada a António Costa: "é muito significativo que o primeiro-ministro exiba satisfação por não haver uma descida do rating, porque o que era de esperar era que nesta altura estivéssemos a celebrar a melhoria do rating".
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Passos lembrou ainda que, apesar de ter dito que não precisava de medidas extraordinárias para cumprir o défice abaixo de 2,5%, veio depois anunciar a "regularização de dívidas para fazer encaixe financeiro ao Estado, quando ainda há três anos foi feito um".
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Mas ainda assim, diz preferir "que o Governo atinja a meta recorrendo a medidas extraordinárias se for preciso", porque "o preço que todos pagaríamos por não o conseguir era muito superior". E o líder do PSD acusa o Executivo de estar a "travar a despesa do Estado de uma forma que não é sustentável" e de impor "uma poupança forçada aos serviços". Isso, diz, "significa que "das estradas aos hospitais, até às escolas e prisões, o Estado está sem dinheiro e está a prestar um mau serviço que não é sustentável para futuro".
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Nesta entrevista, Passos admite a imposição de uma condição de recurso nas pensões mínimas e diz que desta vez o PSD poderá apresentar propostas de alteração ao Orçamento do Estado.
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