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Fernando Medina não será candidato à liderança do PS

O antigo ministro das Finanças justifica esta decisão pelo facto de a candidatura que foi apresentada por José Luís Carneiro impossibilitar um debate "amplo e profundo" sobre o futuro do PS.

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Fernando Medina não será candidato à liderança do Partido Socialista
22 de Maio de 2025 às 22:06

Fernando Medina não vai ser candidato à liderança do PS. O antigo ministro das Finanças justifica esta decisão pelo facto de a candidatura que foi apresentada por José Luís Carneiro impossibilitar um debate "amplo e profundo" sobre o futuro do PS.

Nestas circunstâncias, Fernando Medina afasta-se da corrida e pretende assim também valorizar o próximo combate político dos socialistas: as eleições autárquicas. Estas afirmações foram feitas ao Negócios e também ao canal NOW.

"Defendi, depois das eleições de domingo, que o Partido Socialista deveria fazer uma reflexão profunda e muito lúcida e fria sobre os resultados eleitorais, sobre o novo quadro político que se coloca que é particularmente exigente para o PS e para a democracia portuguesa", referiu o antigo ministro no NOW, o que "implicava que o partido tivesse um tempo dilatado de debate, de conversa, de análise sobre a situação" e sobre "qual a melhor solução para servir o nosso país".

Contudo, o "que aconteceu é que o lançamento de uma candidatura imediatamente na segunda-feira iniciou um processo interno que na prática inviabiliza esse debate profundo antes de uma eleição direta", disse Medina, referindo-se à única candidatura já no terreno, a do ex-ministro da Administração Interna José Luís Carneiro, que desencadeou, "no fundo, uma contagem de espingardas".

Sobre a entrada de Mariana Vieira da Silva na corrida à liderança do PS, que também está a ser apontada como candidata e ainda não excluiu em definitivo essa possibilidade, diz que é "melhor ser a própria" a pronunciar-se, refere Medina. Acrescenta também que a sua posição é independente dos nomes que estarão no terreno. "Há a necessidade de uma reflexão sobre o que aconteceu", reforçou.

Entretanto, o Expresso avançou que, além de Medina, também Mariana Vieira da Silva e outros dois possíveis candidatos - Duarte Cordeiro e Ana Catarina Mendes - não vão avançar, em nome da "unidade do partido".

Em relação ao que espera da eventual liderança de José Luís Carneiro, caso este seja eleito secretário-geral, recorda que foi apoiante do ex-ministro quando este defrontou Pedro Nuno Santos em 2023, salientando que o PS "precisa de se credibilizar".

As eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS deverão ser convocadas na Comissão Nacional do próximo sábado, sob proposta do presidente do partido, e realizar-se entre o fim de junho e início de julho, avançou a agência Lusa, citando fonte oficial. 

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