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Ventura acusa Montenegro de "arrastar" caso Spinumviva. Raimundo fala em "novela"

Declarações foram feitas em ações de campanha autárquica do Chega e do PCP.

Ventura acusa Montenegro de 'arrastar' caso Spinumviva. Raimundo fala em 'novela'
Ventura acusa Montenegro de "arrastar" caso Spinumviva. Raimundo fala em "novela" Gonçalo Lobo Pinheiro / Lusa - EPA
13:39

O líder do Chega considerou esta quarta-feira que o primeiro-ministro está "a arrastar a situação" sobre a empresa Spinumviva ao não prestar todos os esclarecimentos e considerou que Luís Montenegro não pode ter tratamento privilegiado.

"O que eu acho que é aqui relevante é, nós continuamos a ter no país um primeiro-ministro que está sob suspeita de crimes graves. Isto são crimes graves, crimes de idoneidade em relação ao exercício da função pública, mas tanto quanto sabemos, pelo menos a atentar naquilo que foi conhecido, muito desta situação tem sido arrastada pelo próprio primeiro-ministro", acusou.

Falando aos jornalistas no Sabugal, distrito da Guarda, à margem de uma ação de campanha autárquica, o líder do Chega foi questionado sobre a notícia avançada pela CNN Portugal na terça-feira de que os procuradores responsáveis pela averiguação preventiva sobre a Spinumviva consideram que deve ser aberto um inquérito-crime ao primeiro-ministro, que será decidido pelo procurador-geral da República.

André Ventura disse que as notícias que têm sido publicadas nas últimas horas, "a serem verdadeiras, mostram também que o primeiro-ministro ou não tem enviado as informações que lhes são pedidas a tempo, ou faz questão, muitas vezes, de não enviar a informação, quer à Polícia Judiciária, quer ao Ministério Público".

"Isto significa que temos um instrumento, que é um instrumento excecional, que é a averiguação preventiva, a prolongar-se no tempo, o que não acontece com provavelmente mais nenhum arguido, o que não acontece com provavelmente mais nenhuma situação", indicou.

o secretário-geral do PCP desafiou o primeiro-ministro a "assumir responsabilidades" se estiver a questionar os tempos da Justiça e previu que o próprio terá de "tirar conclusões" políticas do caso Spinumviva, apesar de não pedir a sua demissão.

Em declarações aos jornalistas durante uma arruada em Beja, Paulo Raimundo disse não querer "alimentar a narrativa" de que as notícias sobre o caso Sinumviva são feitas "a propósito e à medida", em tempo de campanha eleitoral, mas deixou um desafio ao primeiro-ministro.

"Se o senhor primeiro-ministro está a querer levantar suspeitas sobre os tempos da Justiça, ele tem de assumir essa responsabilidade", afirmou, reforçando que, se Luís Montenegro "entendeu levantar suspeitas sobre os tempos da Justiça, vai de ter de responder sobre isso".

Paulo Raimundo afirmou que, para o PCP, "o país devia ter sido poupado a esta novela" da Spinumviva, reiterando que, quando surgiram as primeiras notícias sobre o caso da empresa familiar de Montenegro, o próprio devia "ter tomado a atitude de se demitir", para "salvaguardar a sua imagem e o país".

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