Europa deve apoiar fábricas de vacinas em África
O tópico da vacinação em países sem acesso a vacinas vai estar em discussão esta sexta-feira, em Roma durante a Global Health Summit e a construção de fábricas é uma opção à remoção das patentes das vacinas contra a covid-19, sugerida pelos Estados Unidos.
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No que toca à Europa a solução apresentada na sexta-feira deve passar pelo financiamento direto e através do Banco Europeu de Investimento com vista à construção de 'hubs' estratégicos para fomentar a produção de vacinas no continente que, até agora, tem estado dependente de importações e doações, segundo adianta o Financial Times.
Estas infraestruturas deverão depois ficar disponíveis para a fabricação de outro tipo de medicamentos já que o continente é fortemente dependente do exterior em matéria de medicação e vacinas.
A proposta da União Europeia contrasta com a dos Estados Unidos. O organismo liderado por Ursula Von der Leyen considera que levantar as patentes das vacinas contra a covid-19 não contempla questões como o 'knowhow' que diz respeito à manufatura e tecnologia para a criação da capacidade de vacinação necessária no país, além de que alguns acordos internacionais sobre propriedade intelectual já oferecem algumas das vantagens essenciais previstas no levantamento de patentes.
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Mas há mais propostas em vista, como o apoio à criação de um sistema regulatório continental à semelhança do acontece já na Europa com a Agência Europeia do Medicamento, sob a forma da Agência Africana do Medicamento. Um projeto terá já sido traçado em 2014 mas ainda não foi posto em prática.
Segundo adianta o jornal, as propostas da União Europeia têm em consideração as metas traçadas pela União Africana, que apontam para a produção no continente 60% de todas as vacinas de uso generalizado até 2040. Por esta altura, o continente africano produz apenas 1% de todas as vacinas utilizadas.
Num ano sem pandemia, o continente africano consome cerca de 25% da toda a produção de vacinas mundial em campanhas contra a poliomielite e o sarampo, sendo a Índia o principal fornecedor do continente.
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