PCP questiona sobre “despedimento de cerca de 100 trabalhadores” na Segurança Social

Em causa estarão trabalhadores temporários do ISS, que de acordo com o PCP se somam a outros cem que irão ficar sem emprego, num total 200. PS anunciou reforço de 350 pessoas, mas haverá mais de 600 que se vão reformar.
jeronimo sousa joao oliveira
Lusa
Catarina Almeida Pereira 19 de Novembro de 2020 às 21:42

O PCP divulgou uma pergunta que fez ao Governo sobre o "despedimento de cerca de 100 trabalhadores" do edifício sede do Instituto da Segurança Social, que tem estado sob enorme pressão por causa da resposta à pandemia.

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No comunicado enviado à imprensa, o PCP afirma que "tomou conhecimento, através de ofício do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, do despedimento de cerca de 100 trabalhadores do Edifício Sede do Instituto de Segurança Social, I.P".

"Segundo a informação contida no ofício recebido pelo  Grupo Parlamentar do PCP,  os trabalhadores em questão integram nas mesmas equipas dos trabalhadores vinculados ao Instituto de Segurança Social, I.P. e executam as mesmas tarefas, mas são contratados através de empresas de trabalho temporário".

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"Acresce que, além dos 100 trabalhadores que já receberam a comunicação da cessação do seu contrato, estima-se que serão cerca de 200 trabalhadores, a nível nacional, a ser despedidos e a ficar em situação de desemprego".

Defendendo a vinculação destes trabalhadores, o PCP lembra que o Governo tem dito que iria contratar mais. Numa pergunta enviada ao executivo, pergunta se a ministra confirma o despedimento de 200 trabalhadores e como é que isso se compatibiliza com as declarações relativas à intenção de reforçar o pessoal. O Negócios também questionou o Governo e o ISS sobre o assunto e aguarda resposta.

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Mais de 600 reformam-se em breve, enquanto o PS promete reforço de 350 

Na sexta-feira passada, o PS apresentou uma proposta que prevê concursos para admitir 350 pessoas.

No entanto, também esta quinta-feira, a Fesap revelou que há mais de 600 trabalhadores que chegam à idade da reforma nos próximos dois anos.

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O ISS tem cerca de 8 mil funcionários, e de acordo com a federação da UGT 3.400 estão teletrabalho.

Nos últimos meses, o ISS tem estado sob forte pressão para responder a cidadãos e empresas, sendo inúmeras as denúncias de atrasos no pagamento de novas prestações e ilegais os erros que afetam, por exemplo, a carreira contributiva de milhares trabalhadores que tiveram cortes salariais em lay-off.

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