Crédit Agricole é solvente seja qual for o cenário na Grécia

A possível saída da Grécia do euro e a presença em economias periféricas levantam dúvidas sobre o desempenho do banco francês, mas os representantes das unidades regionais do Crédit Agricole garantem a solvência do banco. Novo ministro da Agricultura francês também entrou em defesa do banco.
Diogo Cavaleiro 22 de Maio de 2012 às 09:07

“Seja qual for o cenário da Grécia, a solvência do grupo Crédit Agricole não está ameaçada”, garantiu ao “Le Fígaro”, Dominique Lefebvre, o presidente da entidade que representa a sucursal do Crédit Agricole, a Federation Nationale du Crédit Agricole.

PUB

Numa altura em que se fala de uma possível saída da Grécia do euro, o “Le Fígaro” questionou Lefebvre se o país representa um perigo para o banco. “De todo”, respondeu.

O secretário-geral da mesma entidade de representação dos bancos regionais do Crédit Agricole, Philippe Brassac, disse ao mesmo jornal que os fundos próprios do grupo – que defende serem de 70 mil milhões de euros – permitem “absorver o choque”. A entrevista é publicada no dia em que os accionistas da instituição se vão encontrar em assembleia-geral, reunindo-se num “clima eléctrico”, como refere o "Le Fígaro".

Em bolsa, o banco está hoje a subir 1,75% para os 3,08 euros, depois de ter caído para um mínimo histórico na semana passada. A capitalização bolsista do banco é, agora, superior a 7 mil milhões de euros. O que compara com os 47 mil milhões de euros de valor de mercado no final de 2006, de acordo com as contas do "Le Fígaro.

PUB

Questionados os dois representantes se o banco gaulês poderá estar a pensar abandonar a sucursal grega, Brassac afirmou que o dever “é não fechar nenhuma hipótese a fim de preservar o nosso interesse”. Na sua opinião, todos os esforços do lado da gestão foram feitos. “O problema é a Grécia, não o Emporiki: dentro de outro contexto, este banco já não seria um problema”, assegurou.

Ministro da Agricultura continua “a contar com o Crédit Agricole”

Do Crédit Agricole, que em Portugal é accionista do BES e marca presença através da financeira Credibom, também falou o novo ministro da Agricultura francês. “Quero tranquilizar os agricultores”, explicou Stéphane Le Foll numa entrevista à rádio Europe1, já que o banco, de acordo com a rádio, totaliza 80% dos empréstimos aos agricultores.

PUB

Le Foll salientou que o banco fez investimentos que podem ser equacionados por não terem dado o retorno esperado. “Em todo o caso, sei que posso continuar a contar com o Crédit Agricole”.

Saber mais sobre...
Saber mais Crédit Agricole França dívida grega Grécia
Pub
Pub
Pub