Fundos comunitários: Desembolsos também dependem "do ritmo" das empresas
Adiantamentos mais rápidos e medidas para que as empresas apresentem garantias sem recorrer à banca. Foram estes os dois pontos mais referidos quer pelos ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral e do Planeamento e Infra-estruturas, Pedro Marques, bem como pelo secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, na apresentação oficial do "Plano 100", que começa por garantir que vai colocar 100 milhões de euros em 100 dias nas empresas.
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Os governantes recordaram que dos quase 700 milhões que já foram atribuídos apenas quatro milhões foram pagos. Mas acelerar não chega. Pedro Marques recordou que as empresas também têm que fazer o seu caminho. "Há aqui duas dimensões: o adiantamento e depois é o próprio ritmo do projecto da empresa que determina novos pagamentos, mas as sociedades, percebendo que o Estado está avançar rapidamente, também o farão", referiu o governante.
Nelson de Souza descreveu as medidas, que aliás foram sendo apresentadas durante a semana e que passam pela dispensa de comprovação do início do projecto e pela facilitação dos adiantamentos que, caso sejam o valor mínimo (10%), serão automáticos. Os restantes (25% e 50%) exigem garantias, mas que serão facilitadas com o recurso a uma linha de garantia mútua, que ajuda também as sociedades que têm mais dificuldade no acesso ao crédito e impede o "sobreendividamento", garantiu.
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Além disso, o Governo conta com uma linha do Banco Europeu de Investimento, de 750 milhões de euros, que chega a Portugal em Janeiro.
E com a nova unidade de missão, liderada por José António Barros, "deverá propor um fundo de capitalização e apoio ao investimento das empresas com fundos europeus e investidores internacionais, e outros fundos", adiantou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral. O governante salientou que é isto é "importante para reduzir o crédito", por exemplo com instrumentos de capital e emissão de acções, dívida e obrigações para PME ou instrumentos híbridos.
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