Greve no porto de Lisboa: operadores acusam sindicato por anulação de aumentos salariais
A greve ao trabalho suplementar convocada pelo Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL), a acontecer entre 10 de Setembro e 8 de Outubro, estilhaçou o acordo estabelecido com a Associação de Operadores do Porto de Lisboa (AOPL), que passava por aumentos salariais dos seus associados no porto da capital.
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"Em consequência da acção irresponsável do SEAL, ficaram sem efeito os referidos aumentos, facto que afecta directamente o salário de 337 trabalhadores", anunciou a AOPL, em comunicado, considerando que a "a acção do SEAL atingiu negativamente os trabalhadores que supostamente deveria defender".
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Para esta associação, "as razões alegadas para a referida greve revelou claramente que o real objectivo do SEAL é a criação a todo o custo de um clima de conflito social que poderá ter como único objectivo afirmar o seu próprio protagonismo e o dos seus dirigentes, fazendo-o inclusivamente à custa dos direitos dos trabalhadores que deveria representar e proteger", acusou.
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"Para isso, o SEAL tem de criar permanentemente situações de conflito, fugindo de qualquer acordo que signifique a obtenção de um clima de paz social nos portos nacionais e hipotecando qualquer situação de diálogo", enfatizou ainda a AOPL.
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Esta organização patronal lembra que, duas semanas depois de "conquistado" o acordo entre as duas partes, "o sindicato convocou uma nova greve em vários portos, no qual incluiu o porto de Lisboa", o que, critica a AOPL, demonstrou "um total desrespeito pelo acordo que tínhamos alcançado, desvalorizando o esforço de todos os que trabalharam para o atingir, facto que consideramos inaceitável".
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"Em Junho, a AOPL, com vista ao restabelecimento da paz social no porto de Lisboa, acolheu as reivindicações do sindicato, que se traduziram em aumentos nas cláusulas de expressão pecuniária para 2018 (com efeitos retroactivos a Janeiro de 2018) de 4% e de 1,5% para 2019 e que representariam um significativo esforço financeiro para os operadores portuários", defendeu a associação.
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Culpando o SEAL de ter quebrado o acordo, acusa o sindicato de não querer "melhorar as condições dos trabalhadores que representa (as quais estavam corporizadas no referido acordo), mas apenas romper com essa paz social, criando novas situações de conflito".
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