Insolvências continuam 298% acima dos níveis de antes da crise
Apesar de se registar já uma redução do número de insolvências, em Portugal este é ainda 298% superior ao registado antes do início da crise, em 2007. Na Zona Euro, só a Grécia tem um pior desempenho – este ano espera-se que haja mais 405% de insolvências. Na França a diferença está nos 27%, em Itália nos 163% e em Espanha deverá ser de 193%. Nos 19 Estados membros da Zona Euro, em média, 2015 fechará com níveis de insolvência 75% superiores aos verificados antes da crise e a Alemanha, grande excepção, registará já níveis de insolvência abaixo dos que apresentava em 2007.
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As previsões são da Crédito y Caución que, de acordo com dados divulgados esta terça-feira, 8 de Setembro, estima alguma melhoria para 2016, mas ainda "muito suave", continuando o número de insolvências a ser em média 67% mais do que antes da crise nos países da Zona Euro.
Fora da Europa, também os Estados Unidos e o Japão, à semelhança da Alemanha, chegarão ao fim do ano com menos insolvências do que as registadas antes da crise, prevê também a empresa espanhola especialista em crédito.
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As previsões globais são agora piores do que as apresentadas na Primavera, quando a Crédito Y Caución apontava para uma redução do número global de insolvências no mundo de no final de 2015 irá situar-se nos 7%, abaixo dos 10% previstos na primavera. A boa evolução das insolvências em vários países tem sido mais pobre do que o previsto inicialmente, nomeadamente no estudo apresentado na última Primavera.
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"Na Zona Euro, as condições de insolvência melhoraram, impulsionadas pelo crescimento económico e pela melhoria das condições de crédito. No entanto, as previsões de muitos mercados foram revistas em baixa, num clima empresarial ainda complicado", com a Grécia a apresentar o quadro mais complicado, afirmam os especialistas espanhóis em comunicado.
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Fora da Zona Euro, há outros países nos quais as previsões também não são as melhores. São os casos da Suíça - cujas empresas foram afectadas pela subida do franco suíço face ao euro, prejudicando as exportações - e da Austrália "cuja economia se encontra estreitamente ligada com a Ásia, dependendo das exportações de matérias-primas e deverá mesmo registar um aumento nas suas insolvências.
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