Portugal é o segundo país onde as empresas menos recorrem ao financiamento público para inovação
Atualmente, quase 30% das empresas portuguesas reconhecem que não detêm um orçamento dedicado à inovação. Por outro lado, mais de dois terços consideram que já fazem investigação & desenvolvimento suficiente, concluiu o Barómetro Internacional da Inovação 2023 realizado pela Ayming.
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"Sendo esta uma atividade tão importante para as empresas nos curto e médio e longo prazo, a não afetação de recursos a estas atividades, formalmente, parece um pouco contraditória", considera Nuno Tomás, "managing diretor" da Ayming Portugal, em comunicado.
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"A autoavaliação que é feita pelas empresas portuguesas refere que estas consideram que já fazem I&D suficiente, algo que considero que poderá ser pernicioso, se aliado ao ponto anterior", alerta o gestor.
A crise energética, que se intensificou desde a invasão russa à Ucrânia, é o grande mote para inovação, uma vez que 77% das empresas estão a fazer alterações na atividade de modo a combater os custos da energia e mais de um quarto (26%) do total dos inquiridos descreveu essas mudanças como radicais.
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Entre as soluções encontradas, a estratégia mais comum passa por procurar formas energicamente eficientes de poupar, algo que 44% das empresas estão a fazer. Além disso "as empresas também estão a recorrer a estratégias mais avançadas e drásticas".
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O barómetro concluiu que 33% das empresas inquiridas procuram fontes alternativas de energia e que 30% procuram materiais não derivados de combustíveis fósseis. "As empresas estão também a repensar as cadeias de abastecimento, tanto em relação ao sítio onde obtêm os materiais, com 30% a abastecer com materiais locais, como em relação à forma como os transportam, com 30% a repensar o seu processo logístico", acrescenta o comunicado.
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Portugal no top da inovação não financiada por capital público
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"Nesta edição do Barómetro Internacional da Inovação, percebe-se que grande parte da inovação levada a cabo pelas empresas portuguesas é, ainda, financiada por recursos internos, sendo que apenas Espanha ultrapassa Portugal nesta matéria", revela Nuno Tomás.
No conjunto dos 17 países que serviram de amostra registou-se este ano uma queda de 10% nos recursos internos direcionados à inovação e um aumento de 3% no financiamento público. O destaque vai mesmo para o financiamento privado externo que aumentou 15%.
O Barómetro Internacional da Inovação 2023 inquiriu responsáveis de 846 empresas de 17 países, da Alemanha a Singapura, passando por Portugal, Canadá ou EUA.
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