Rentabilidade das empresas portuguesas atinge máximo de oito anos
As empresas portuguesas continuam a melhorar os seus resultados financeiros, tendo no terceiro trimestre sido reforçada a tendência de subida dos rácios de rentabilidade e capitalização.
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De acordo com as estatísticas das empresas da central de balanços, publicadas esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, a rendibilidade bruta do ativo das empresas não financeiras situou-se em 8,1% no terceiro trimestre, uma melhoria de duas décimas face ao trimestre anterior.
Este rácio, apurado através da relação entre o EBITDA e o ativo das companhias, atingiu o nível mais elevado desde o primeiro trimestre de 2010 (8,5%). Desde o final de 2014 (quando se situava em 6,8%), que a rentabilidade das empresas tem vindo sempre a melhorar trimestre após trimestre.
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Mas a evolução positiva já se verifica desde a recessão que afetou a economia portuguesa em 2013. No primeiro trimestre desse ano o EBITDA/ativo atingiu um mínimo de 4,1%, sendo que desde então praticamente duplicou.
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Segundo o Banco de Portugal, "a rendibilidade aumentou nos setores das sedes sociais (0,8 pp), dos transportes e armazenagem (0,2 pp), das indústrias (0,1 pp), do comércio (0,1 pp) e dos outros serviços (0,1 pp). Pelo contrário, os setores da eletricidade e da construção apresentaram reduções de 0,1 pp".
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Esta melhoria nas contas das empresas portuguesas está em muito relacionada com a recuperação positiva da economia portuguesa e o nível baixo dos juros, que permitiu uma melhoria dos rácios também ao nível do balanço das empresas.
A autonomia financeira, que mede a relação entre o capital próprio e o total do ativo, aumentou 1,6 pontos percentuais desde o final de 2017 para 37,9% no terceiro trimestre de 2018, o que corresponde ao nível mais elevado desde 2006 (ano em que estes dados começaram a ser coligidos pelo Banco de Portugal).
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Os dados do Banco de Portugal mostram que as empresas estão a conseguir substituir capital alheio por capital próprio, reduzindo o peso do endividamento de forma acentuada. O peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu para 34,2% no terceiro trimestre do ano passado, quando no final de 2017 estava em 35,7% e no final de 2015 em 37,9%.
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O peso do financiamento atingiu o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2007, quando se situava em 33,9%. O máximo foi atingido no quarto trimestre de 2012 acima dos 40%.
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