Já só falta saber conhecer os cinco Mais Poderosos de 2025. Veja os nomes já revelados
O Negócios já divulgou 45 dos 50 nomes da lista dos Mais Poderosos de 2024. Entre estreantes e repetentes, empresários, políticos e advogados o "ranking" conta com figuras que se destacaram nas mais diversas áreas. Recorde os nomes já conhecidos.
#50 - Henrique Gouveia e Melo

#Porque entra - Em 2021, enquanto responsável pelo planeamento e organização da vacinação contra a covid-19, Henrique Gouveia e Melo notabilizou-se junto do grande público nacional. Envergando a farda militar, cumpriu a missão de liderar no processo que permitiria a “reabertura” económica do país e chegou ao 34.º lugar do ranking dos Mais Poderosos do Negócios. Faz uma reentrada neste ano, enquanto candidato presidencial no 50.º lugar. É ainda o favorito na corrida, mas a perder fôlego nas sondagens.
Regresso como candidato
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
A ação de Gouveia e Melo na campanha da vacinação da covid-19 valeu ao militar o 34.º lugar na lista dos Mais Poderosos em 2021. Regressa agora como candidato presidencial.

#49 - Vladimir Putin

#Porque desce - Entrou na lista dos Mais Poderosos após invadir a Ucrânia e arrastar a União Europeia (UE) para uma nova crise energética e inflacionista quando esta estava ainda a recuperar da pandemia. Mas o líder russo tem perdido influência na UE, à medida que os Estados-membros encontram novos fornecedores e trabalham para fortalecer a sua autonomia estratégica. Além disso, a reeleição de Trump nos Estados Unidos trouxe uma nova pressão para pôr fim à guerra que se arrasta há mais de três anos.
Uma queda de 16 lugares
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Está na lista desde o início da invasão russa da Ucrânia, mas tem perdido peso graças à capacidade da Europa em resistir à “chantagem” do Kremlin no gás e aos impactos da guerra.

#48 - Isabel Furtado

#Porque entra - Suportada numa forte aposta em tecnologia e inovação, sem esquecer a sustentabilidade, Isabel Furtado tem catapultado a empresa familiar portuguesa para novas geografias, procurando crescer com os gigantes da indústria automóvel mundial. Depois da China vai para os EUA, num investimento expressivo que lhe permite, ao mesmo tempo, saltar a barreira das tarifas de Trump. É um salto de gigante que coloca a gestora sob os holofotes, garantindo-lhe a estreia no “ranking” dos 50 Mais Poderosos.
Entrada no “ranking” dos poderosos
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Nunca tinha marcado presença no “ranking” realizado pelo Negócios. Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive, passa a integrá-lo este ano, ocupando a 48.ª posição.

#47 - Ricardo Mendes

#Porque entra - Ricardo Mendes é o líder de uma empresa com mais de duas décadas de existência, mas que soube juntar a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, a pequenos aparelhos voadores. Defensor da visão de que os drones vieram para ficar, o CEO tem junto de si um batalhão talentoso para atacar a liderança global num setor para o qual todos estão, só agora, a despertar. A aposta na defesa é uma realidade urgente na Europa, sendo que a Tekever assume estar preparada para assumir essa missão.
Voo de drone para o top dos poderosos
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
É mais uma estreia no “ranking” realizado anualmente pelo Negócios, entrando para a 47.ª posição. O crescimento exponencial da Tekever faz do CEO, Ricardo Mendes, uma figura incontornável no contexto atual.

#46 - Pinto Balsemão

#Porque desce - A Impresa anda desesperadamente à procura de um ou mais investidores para sair do sufoco financeiro em que se encontra. Esta circunstância debilita o poder de grupo e do seu fundador, Francisco Pinto Balsemão. O antigo primeiro-ministro está cada vez mais afastado da vida ativa e esta é outra das razões que contribuí para a erosão da sua influência. Os 66 milhões de euros da prejuízo que a Impresa registou em 2024 fizeram soar os alarmes e este é o ano em que a Impresa terá definitivamente de mudar de vida.
O pior lugar de sempre
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Nos últimos 15 anos, esta é a posição mais baixa de sempre que Francisco Pinto Balsemão ocupa no “ranking” dos poderosos. A Impresa, por estes dias, é um gigante com pés de barro.

#45 - Cristiano Ronaldo

#Porque entra - Pela fortuna, gerada em grande parte através do sucesso alcançado no mundo do futebol, lidera “rankings” internacionais. É o atleta mais bem pago do mundo, mas muitos dos milhões que gera anualmente já começam a vir dos investimentos que faz fora de campo. É um investidor com cada vez maior peso no tecido empresarial português, com interesses que vão do vestuário aos acessórios de moda, passando pela Vista Alegre e a Medialivre, além das paixões que o fazem investir em ginásios, em implantes capilares e até em água.
Do futebol para os poderosos
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
É mais uma estreia na lista dos Mais Poderosos do Negócios. Os investimentos realizados fora dos relvados colocam Cristiano Ronaldo, jogador de futebol e empresário, na 45.ª posição deste “ranking”.

#44 - André Ventura

#Porque entra - Subiu a segunda força política em número de deputados, ultrapassando o Partido Socialista. Lidera a oposição e condiciona a atualidade política em todos os momentos que pode e já disse que o objetivo é chegar a primeiro-ministro. O partido, fundado em 2019, teve uma ascensão meteórica no sistema político português, do qual diz ser contra, mas que agora é parte integrante. Tem resistido às sucessivas polémicas e se existem vozes dissidentes, não têm expressão.
Entrada direta como líder da oposição
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
André Ventura entra, pela primeira vez, no “ranking” dos Mais Poderosos do Negócios depois de ter conseguido ascender a líder da oposição e ter acabado com a rotatividade entre PS e PSD.

#43 - Nuno Sebastião

#Porque sobe - A influência da Feedzai - e a de Nuno Sebastião - continua a aumentar à medida que a tecnológica conquista novos clientes, chega a novos mercados e lança novas ferramentas de prevenção de fraude bancária. Seja através do percurso próprio ou do investimento feito noutras startups - como as portuguesas Neuraspace, Smartex.ai, Cloverflex e Sword Health -, tem ajudado a desbravar caminho na criação de valor económico a partir de Portugal.
Ligeira subida na tabela
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Depois de ter entrado no “ranking” em 2023, Nuno Sebastião tem mantido a Feedzai como uma referência no setor no qual atua e um exemplo de sucesso “made in” Portugal.

#42 - Ricardo Pires

#Porque mantém - Ricardo Pires, CEO da Semapa desde janeiro de 2022, dá a cara pelo universo industrial da família Queiroz Pereira, que inclui a Navigator e a Secil. O gestor, que foi reconduzido este ano no cargo até 2027, está a acelerar a estratégia de diversificação e crescimento do grupo e as aquisições iniciadas nos últimos anos são para continuar. A “forte incerteza” sobre a evolução das tarifas dos EUA preocupa a “holding”, que até junho registou uma quebra de 32% nos lucros.
Na mesma posição há três anos
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Ricardo Pires só entrou em 2022 no “ranking” do Negócios, onde inicialmente esteve Pedro Queiroz Pereira e em seguida João Castello Branco.

#41 - Rui Miguel Nabeiro

#Porque desce - Sob a sua liderança, o Grupo Nabeiro-Delta Cafés - um dos maiores grupos nacionais, que opera em segmentos que vão da alimentação e bebidas, distribuição, restauração, ao turismo e imobiliário - tem seguido uma trajetória ascendente. Desde que assumiu as rédeas do negócio da família, em 2021, entregou um crescimento de dois dígitos ao ano, diversificou para outras categorias de produtos, fez aquisições. Desce uma posição no “ranking” sobretudo devido à ascensão de outros protagonistas.
O triângulo da estabilidade
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
CEO da Nabeiro-Delta Cafés estreou-se na lista do Negócios em 2023 - ano em que Portugal se despediu do seu avô, o comendador Rui Nabeiro - e subiu três degraus no ano seguinte, recuando agora um.

#40 - Nicolas Namias

#Porque entra - Nicolas Namias era, até há poucos meses, um nome desconhecido em Portugal. Essa condição terminou no dia 13 de junho, quando o BPCE, grupo bancário francês que lidera, anunciou a compra do Novo Banco por 6,4 mil milhões de euros, naquele que tem tudo para ser o negócio do ano em Portugal. Nas primeiras declarações poucos minutos após o anúncio oficial, garantiu que este não é um investimento meramente financeiro: “Somos um investidor de longo prazo”, garantiu.
Entrada no Novo Banco e na lista
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
É uma estreia na lista do Negócios. O Novo Banco e o seu novo acionista, liderado por Nicolas Namias, representam uma parte incontornável do sistema bancário nacional.

#39 - João Vieira de Almeida

#Porque mantém - Por cá e lá por fora, João Vieira de Almeida é reconhecido pelo papel de relevo no setor empresarial. Mesmo que se tenha afastado, em 2022, da liderança executiva da sociedade de advogados que fez crescer, continua a ser um homem de poder. E os grandes negócios não se fazem sem a necessária assessoria jurídica. Por esta razão, a firma que este advogado colocou entre as maiores em Portugal deixou o seu cunho, ao longo dos últimos 12 meses, em muitas das transações mais relevantes no mercado nacional.
Há uma década no "ranking" do poder
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
João Vieira de Almeida integra a lista dos Mais Poderosos desde 2015. Entrou para a 27.ª posição, desceu nos anos seguintes, mas tem-se mantido no 39.º lugar desde 2023.

#38 - António Horta Osório

#Porque mantém - António Horta Osório está em vários conselhos de administração de grandes empresas enquanto não executivo (Bial, Grupo José de Mello e Fundação Champalimaud). É ainda consultor de gigantes internacionais como o italiano Mediabanco, a norte-americana Cerberus ou o fundo Precision. No ano passado aliou-se à Warburg Pincus e à Zeno Partners para tentar comprar os ativos da Altice Portugal. O negócio não avançou, mas o gestor admite voltar à carga. Mantém relevância na economia nacional.
Presença consistente no top
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Desde que saiu do Credit Suisse, Horta Osório tem mantido o 38.º lugar. Presença regular no “ranking” (só ausente em 2011 e 2020), chegou a estar no top 10 quando liderava o Lloyds.

#37 - Paulo Fernandes

#Porque desce - A sua fortuna até cresceu significativamente, sobretudo após a venda da Greenvolt ao fundo norte-americano KKR, mas está numa fase da vida diferente. Consolidou o seu poder, desde que entrou pela primeira vez nesta lista, no grupo de comunicação que construiu. A Cofina é agora sinónimo de passado, e a redução da posição no capital da sucessora, a Medialivre, torna a parcela acionista num mero investimento. A esfera de influência reduz-se por essa via.
Uma influência que se começa a diluir
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Entrou no “ranking” em 2010, quando este foi criado. Com o universo empresarial a crescer, foi escalando na lista, tendo chegado ao 15.º lugar. Cedeu posição nos media, desinvestiu e recua agora na tabela.

#36 - António Portela

#Porque mantém - Sob a liderança da quarta geração da família Portela, a maior farmacêutica portuguesa mantém-se entre a elite mundial desta tão competitiva indústria, tendo em desenvolvimento o processo de investigação com vista a lançar, até ao final da década, aquele que será o seu terceiro medicamento. Faz também parte da sua estratégia trazer para o mercado fármacos dedicados à área das doenças raras. E acaba de investir no Biovance Capital, o principal investidor na área da saúde em Portugal.
Ex-estrela da natação segura posição
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Depois da estreia na 41.º posição, o antigo campeão dos 100 metros livres de natação foi durante dois anos o 34.º do “ranking”, mantendo-se em 2025 no lugar conquistado no ano passado.

#35 - Luís Amaral

#Porque mantém - Figura na mesma posição no “ranking” pela estabilidade. É dono de 44% do Eurocash, grupo que cumpre 30 anos, dos quais 22 nas suas mãos, que conseguiu transformar no maior distribuidor grossista de produtos de grande consumo da Polónia. Tem ainda cerca de 2,2% do DIA, grupo espanhol onde entrou em 2018, com a sua veia de investidor ativista. Em Portugal sobressai como sócio-fundador do jornal online Observador, tendo atualmente 49,95% do capital.
Uma manutenção segura no top
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Depois da estreia, em 2024, no ano em que o Observador, do qual é sócio-fundador e maior acionista, cumpriu uma década, Luís Amaral segura a mesma posição na lista de 2025.

#34 - Manuel Castro Almeida

#Porque entra - Manuel Castro Almeida lidera o “superministério” da Economia e da Coesão Territorial. O governante tem a pesada responsabilidade de fomentar o desenvolvimento económico, incluindo o possibilitado pelos 45 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência e do Portugal 2030. O volume dos fundos europeus pode ser fundamental para o crescimento, mas a taxa de execução tem ficado aquém do desejado. Cabe-lhe a missão de acelerar a chegada “ao terreno” dos muitos milhões de Bruxelas.
A estreia de um “superministro”
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Castro Almeida entra, pela primeira vez, na lista elaborada anualmente pelo Negócios. A responsabilidade do ministério que ocupa dá-lhe influência no desenvolvimento do país.

#33 - Luís Marques Mendes

#Porque desce - Com uma presença de dez anos no “ranking” dos Mais Poderosos do Negócios, Luís Marques Mendes desce seis posições na edição deste ano, o mesmo em que formalizou a candidatura à Presidência da República. No entanto, isso tirou-lhe relevância: deixou o comentário da SIC, perdendo influência mediática e política. E num contexto político fragmentado, parece ter desvantagem face aos candidatos de “fora do sistema”. A sua popularidade, moderação e experiência são, por outro lado, pontos fortes.
Dez anos depois volta à pior posição
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Marques Mendes entrou no “ranking” do Negócios em 2015 e agora voltou à pior posição que já teve em dez anos: o 33.º lugar. Ter deixado o comentário da SIC e a proliferação de candidaturas penalizou-o.

#32 - Ana Figueiredo

#Porque mantém - Ao leme da Altice Portugal, Ana Figueiredo tem conseguido fazer crescer as receitas da empresa detida pelo grupo francês. Tem procurado focar as atenções no negócio, afastando-a dos escândalos passados, e tentando navegar a operadora de telecomunicações em direção ao futuro, embora pesem custos significativos à inovação. A gestora mantém a posição do ano passado, numa altura em que a antiga PT sofre uma nova reestruturação, procurando preparar-se para o desafio da inteligência artificial.
Símbolo forte da Altice
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Entrou no “ranking” na edição do ano passado. A reestruturação da empresa, que vai continuar a gerar saídas de trabalhadores, levaram a que se mantivesse no 32.º lugar da lista dos Mais Poderosos.

#31 - Mário Centeno

#Porque desce - Pelo décimo ano na lista dos “Mais Poderosos”, o ainda governador do Banco de Portugal fica pela primeira vez fora das 20 posições cimeiras. A saída do supervisor nos próximos meses influenciou a escolha. No entanto, há vontade do próprio e do PS, de quem tem sido mais próximo, de que volte à política. A descida neste “ranking” tem, assim, a possibilidade de ser um percalço. Será difícil recuperar a influência que teve como ministro das Finanças ou mesmo governador, mas tudo dependente do futuro.
De ministro a governador
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Entrou neste “ranking” no início dos seus “10 anos de serviço público” e foi como ministro das Finanças que atingiu o lugar mais alto, no pódio. Ao sair de governador cai vários lugares.

#30 - Carlos Tavares

#Porque Sobe - Apesar de ter saído de um cargo de grande poder a nível global, após ser “empurrado” da liderança da Stellantis, Carlos Tavares ganha força no meio nacional. Regressado a Portugal após cinco décadas de “emigrante”, o gestor tem um capital de credibilidade e competência que o torna numa voz a ser considerada, tanto pelo meio empresarial, como pelo político. E, como já demonstrou, o engenheiro de 67 anos tem uma visão global e um pensamento estruturado raros de encontrar.
Regresso “a casa” dá mais poder
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Apesar de ter deixado de ser o CEO de um dos maiores grupos automóveis mundiais, ao regressar a Portugal Carlos Tavares ganha uma maior influência junto do mundo empresarial e político.

#29 - João Pedro Oliveira e Costa

#Porque desce - A descida de uma posição no “ranking” ilustra não tanto uma perda de influência de João Pedro Oliveira e Costa, mas a subida de outros protagonistas. No entanto, é impossível ignorar a manutenção do “problema BFA”, causado por exigências regulatórias e que se arrasta há anos. O IPO do Banco de Fomento de Angola estava apontado para o mês de julho mas não se concretizou. Deverá acontecer em setembro. Por outro lado, o CEO continua a apresentar resultados positivos e dividendos a condizer.
Presença estável
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Oliveira e Costa entrou no “ranking” em 2021, na 30.ª posição. Teve subidas e descidas ligeiras, estando agora no 29.º lugar. Ulrich, o último CEO português antes dele, foi presença constante.
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#28 - Pires de Lima

#Porque sobe - Em Portugal, a Brisa tem visto o tráfego a subir, suportado pelas condições económicas favoráveis, e as receitas a baterem recordes, mas, lá fora, Pires de Lima apenas concretizou o objetivo de internacionalizar a Via Verde e a Controlauto. Já na área das concessões o gestor assume agora maior prudência na entrada em novas geografias. Falhado um concurso na Grécia, os olhos estão agora postos do lado de lá do Atlântico e o grupo já tem uma equipa no México para analisar oportunidades.
Uma presença no top 30
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Depois de ter integrado na década passada a lista “Os Mais Poderosos”, era então ministro da Economia, o agora CEO da Brisa está há cinco anos consecutivos no “ranking” em torno das mesmas posições.

#27 - João Lourenço

#Porque desce - Os interesses económicos de Angola em Portugal mantêm-se inalterados, mas o país tem vindo a perder relevância na teia das relações diplomáticas e empresariais. Esta descida de três lugares face ao “ranking” de 2024 é igualmente um sinal de fim de ciclo de João Lourenço e das suas crescentes fragilidades. Paradoxalmente, o chefe de Estado angolano tem aumentando a influência externa do país, mas internamente está numa maré baixa por causa da débil situação económica.
A culpa também é da economia
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Entrou nesta lista em 2018, ocupando o lugar do seu antecessor na Presidência de Angola, José Eduardo dos Santos. A perda de poder resulta também das dificuldades económicas do seu país.

#26 - Miguel Almeida

#Porque sobe - É responsável por liderar a estratégia de 5G em Portugal, mantendo a Nos como a única operadora a disponibilizar o 5G Standalone. Investimentos constantes e a diversificação do portefólio da operadora de telecomunicações, levando-a a apostar nas novas tecnologias, fez com que Miguel Almeida subisse quatro lugares neste “ranking”. Nem a entrada da Digi no mercado português, em novembro de 2024, com ameaças de preços mais baixos, fez tremer a postura do mais antigo CEO das telecom.
Um novo salto
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
A sua chegada à liderança da Nos fê-lo entrar no “ranking” em 2014 e tem vindo a subir na lista. Miguel Almeida surge agora em 26.º, a posição mais elevada desde que entrou.

#25 - Dionísio Pestana

#Porque desce - O país continua a receber massas de turistas e o grupo Pestana mantém-se entre as cadeias hoteleiras portuguesas mais conceituadas. Apesar do crescimento da atividade turística e das receitas terem subido 17% em 2024, a subida de outros protagonistas e falta de novidades na exploração de outras geografias ou em novos empreendimentos em solo nacional levam à descida de Dionísio Pestana no “ranking” em duas posições. Empreendimento imobiliário em Porto Covo ainda está em desenvolvimento.
Magnata madeirense dos hotéis desce
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
É presença assídua no “ranking” dos Poderosos há mais de 10 anos. Este ano, sem novidades de novas geografias a explorar, Dionísio Pestana desce duas posições.

#24 - José Luís Arnaut

#Porque sobe - Há uma razão forte para explicar a subida do advogado José Luís Arnaut no “ranking” dos mais poderosos da economia: é hoje um dos atores decisivos relativamente à forma como se desenrolará - já estando escolhido o local - o processo de construção do novo aeroporto de Lisboa. Enquanto “chairman” da ANA - Aeroportos de Portugal, é um dos interlocutores do Governo na renegociação do contrato de concessão da gestão aeroportuária do país e num entendimento sobre quem pagará o quê.
Mais de uma década no “ranking” do poder
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
O advogado José Luís Arnaut sobe este ano uma posição na tabela dos Mais Poderosos da economia, “ranking” onde se mantém sem qualquer interrupção há mais de uma década. Começou na 41.ª posição, em 2013, e chegou a ocupar a 11.ª há dez anos.

#23 - Leonor Beleza

#Porque sobe - É uma das maiores subidas no “ranking” dos “Mais Poderosos”, tendo fortemente alargado a influência na vida política nacional ao longo do último ano. Após duas décadas retirada, Beleza fez o toca a reunir em torno da liderança de Luís Montenegro, fragilizado pelo caso Spinumviva. Com convicção e elogios ao trabalho do primeiro-ministro, aceitou em outubro passado a primeira vice-presidência na representação e direção política do PSD. Afastou uma candidatura à Presidência para apoiar Marques Mendes.
Regresso político catapulta a 23.ª posição
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Após ter mantido a 44.ª posição nos Poderosos há um ano, Leonor Beleza sobe 21 posições. O regresso à vida política ativa no PSD catapultou-a para a primeira metade da tabela.

#22 - Carlos Mota dos Santos

#Porque sobe - A Mota-Engil atingiu em 2024 os melhores resultados de sempre, com quase 6 mil milhões de euros de volume de negócios e lucros de 123 milhões, e já este ano, no primeiro trimestre, manteve a carteira de encomendas nos 15 mil milhões de euros, continuando Angola, México e Nigéria a ser os países mais relevantes nos próximos anos. Já em Portugal o consórcio que a construtora lidera assinou em julho o contrato de concessão da primeira PPP da alta velocidade para o troço Porto-Oiã.
Sempre a subir
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Carlos Mota dos Santos está no “ranking” dos Mais Poderosos há três anos, desde que substituiu o tio António Mota na presidência da Mota-Engil. Este ano regista nova subida.

#21 - Emmanuel Macron

#Porque mantém - Emmanuel Macron é um dos líderes mais influentes da União Europeia (UE). Tem pressionado para que a Europa e a Ucrânia tenham uma palavra a dizer nas negociações de paz entre os Estados Unidos e a Rússia, e reivindica um papel de maior destaque para a UE na cena internacional. Internamente, está a ser confrontado com sucessivas crises políticas e a necessidade de avançar com um plano de contenção orçamental por ter um défice e dívida públicos acima dos limites de Bruxelas.
Na mesma posição do ano passado
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Emmanuel Macron tem sido uma presença constante no “ranking” do Negócios desde 2019. Este ano, mantém a mesma posição, numa altura em que a França lida com uma crise económica e orçamental.

#20 - Friedrich Merz

# Porque entra - Friedrich Merz é o chanceler da maior economia europeia, que é o segundo maior mercado das exportações portuguesas. Foi empossado em maio deste ano e tem procurado afirmar-se e reclamar um papel de maior destaque para o bloco europeu no palco mundial. Tem pressionado para fazer parte das negociações de paz na Ucrânia e mantido a Alemanha como um dos maiores financiadores do esforço de guerra ucraniano. Quer uma Europa mais forte e menos dependente dos Estados Unidos.
Uma estreia na lista
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Friedrich Merz estreia-se no “ranking” dos Mais Poderosos por ter sido recentemente eleito chanceler da Alemanha, a maior economia europeia e um importante destino das exportações portuguesas.

#19 - Salvador de Mello

#Porque sobe - Apesar de um recuo de 14% nos lucros em 2024, para 81 milhões de euros, o grupo José de Mello atualizou as projeções de investimento para o período 2022-2030 de 1.000 para mais de 1.500 milhões de euros. A oferta pública de aquisição em curso da sua participada Bondalti sobre a espanhola Ercros, a aquisição pela CUF do grupo Hospital Particular do Algarve e o desenvolvimento de uma unidade de refinação de lítio são o foco de Salvador de Mello.
Nova subida, ainda que tímida
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Salvador de Mello sucedeu em 2021 ao seu irmão Vasco como CEO do grupo José de Mello e passou no ano seguinte a integrar o “ranking”. Na edição de 2025 volta a ganhar uma posição.

#18 - Fernando Campos Nunes

#Porque sobe - É o fundador e presidente de um grupo nascido na década de 80 focado nas infraestruturas de telecomunicações. Cresceu, diversificou para outros negócios, nomeadamente o turismo, mas também a indústria, onde tem realizado algumas aquisições de relevo. Depois da Vista Alegre, empresa na qual conta com Cristiano Ronaldo como parceiro, agora lança-se na indústria pesada, entrando a bordo da Martifer. Homem de família, de Viseu, e adepto do Sporting, é dono de uma das maiores fortunas do país.
Mais um salto no “ranking” do poder
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Fernando Campos Nunes subiu mais quatro posições no “ranking”, registando a terceira maior subida na lista do Negócios, a par da de Miguel Almeida, o CEO da Nos. Está na 18.ª posição.

#17 - Pedro Castro e Almeida

#Porque mantém - O Santander Portugal apresenta, ano após ano, resultados positivos que solidificam cada vez mais a posição da instituição financeira no sistema bancário nacional. O presidente executivo do banco é uma figura cada vez mais respeitada na gigante casa-mãe espanhola: depois de ter tido a responsabilidade de liderar o negócio europeu, foi agora convocado para gerir a integração do TSB no Santander UK, que o comprou ao Sabadell, alvo de uma OPA cada vez mais polémica do BBVA.
Presença permanente
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Conduzindo o Santander para resultados positivos consecutivos, Pedro Castro e Almeida mantém-se relevante na economia portuguesa. Repete o 17.º lugar do “ranking”.

#16 - Maria Luís Albuquerque

#Porque entra - Maria Luís Albuquerque regressa ao “ranking” de “Os Mais Poderosos” após um interregno de nove anos. No ano passado voltou à política ativa, ao ter sido escolhida por Luís Montenegro para o cargo de comissária europeia. Tem uma das pastas mais importantes do mandato liderado por Ursula von der Leyen, sendo responsável por desenvolver uma União Europeia da Poupança e dos Investimentos, incluindo a banca e os mercados de capitais, para canalizar as poupanças das famílias para os objetivos da UE.
Ida para a Europa dita regresso
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Maria Luís Albuquerque já tinha integrado a lista, entre 2013 e 2015, tendo mesmo chegado à sexta posição. Saiu quando deixou de ser ministra das Finanças e regressa agora como comissária europeia.

#15 - Miranda Sarmento

#Porque sobe - Neste primeiro ano à frente do Ministério das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento viu a sua influência política disparar e é, até ao momento, o ministro mais bem posicionado no “ranking”. A forma como tem gerido as contas, dando espaço para introduzir medidas populares de redução de impostos e de aumento de rendimentos, dá força ao Governo. Também viu aumentar a sua influência empresarial, com a redução do IRC, e influência política, sendo considerado dos melhores quadros do PSD.
Um dos maiores saltos do “ranking”
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
No segundo ano no “ranking” dos Mais Poderosos, o atual ministro das Finanças salta 31 posições, numa das maiores subidas. Joaquim Miranda Sarmento fica agora num lugar muito mais destacado.

#14 - Miguel Maya

#Porque mantém - Com um percurso de melhoria não apenas dos lucros, mas também dos indicadores de solidez financeira, o BCP consolida a posição de maior banco privado português. Sob a presidência executiva de Miguel Maya, o banco que passou vários anos sem distribuir dividendos realinha a bússola para uma nova fase na qual um dos focos é o retorno acionista, a quem promete entregar 75% dos resultados nos próximos anos - resultados esses que deverão atingir a média anual de cerca de mil milhões de euros.
Presença sólida
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Miguel Maya está na lista anual elaborada pelo Negócios desde que tomou posse pela primeira vez como CEO do BCP. Sucedeu a Nuno Amado, que é hoje “chairman” do banco. Neste ano repete o 14.º lugar.

#13 - Miguel Stilwell

#Porque desce - É CEO da EDP e da EDP Renováveis, além de ser “chairman” da EDP Brasil. Lidera o grupo nacional com maior presença internacional, o que lhe tem permitido crescer. É esta pegada que lhe permite, ano após ano, apresentar resultados avultados, acima dos mil milhões de euros, que distribui pelos seus acionistas, parte deles chineses. Em 2024 as contas ressentiram-se do impacto da saída da Colômbia, estando a ser repensada a exposição internacional ao mesmo tempo que enfrenta a ameaça das tarifas de Trump.
CEO da EDP afasta-se do top 10
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Após dois anos consecutivos na 11.ª posição, Miguel Stilwell perdeu alguns lugares no “ranking”, afastando-se ligeiramente do top 10. Está agora na 13.ª posição.

#12 - António Rios Amorim

#Porque sobe - Considerado um dos melhores gestores portugueses, é líder incontestado do maior grupo de transformação de cortiça do mundo, que tem demonstrado uma enorme capacidade de resiliência. Num contexto de mercado de grande incerteza e volatilidade, agora mitigado com a inclusão dos produtos de cortiça na lista de isenções das tarifas dos EUA, Rios de Amorim continua a proteger a rentabilidade da Corticeira com iniciativas de melhoria da estrutura de custos e ganhos de eficiência operacional.
Cada vez mais poderoso
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Após três anos na cauda do pelotão, galgou 30 lugares em tempos de crise pandémica, para se fixar em 14.º durante três anos e subir ao 13.º no ano passado, chegando agora à 12.ª posição dos Mais Poderosos.

#11 - Paula Amorim

#Porque sobe - Resolvido o problema da presidência executiva da Galp, com Paula a injetar energia positiva numa liderança com dois CEO, e o negócio fundacional do grupo Amorim, o da cortiça, a mostrar-se resiliente, o rosto mais visível da família mais rica de Portugal continua a pedalar a sua própria bicicleta de luxo empresarial, prosseguindo com o projeto imobiliário-turístico de 164 hectares na Comporta, mais restaurantes JNcQUOI e a abertura em breve do (renascido das cinzas) primeiro hotel da marca.
Às portas do top 10
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
O rosto mais visível do grupo Amorim saiu do top 10 no ano seguinte à chegada da crise pandémica, mas desde então que tem vindo a ganhar posições, posicionando-se agora com vistas para o mesmo top.

#10 - Marcelo Rebelo de Sousa

#Porque desce - Marcelo Rebelo de Sousa desceu sete lugares no “ranking” dos “Mais Poderosos”, circunstância que resulta de uma perda de influência política e também de uma menor popularidade. O Presidente da República é penalizado pela estratégia de Luís Montenegro, embora sejam do mesmo partido. O primeiro-ministro deixa-o à margem das decisões de governação e isso faz de Marcelo uma figura menor. Com a limitação de poderes, o chefe de Estado torna-se ainda menos relevante.
A pior classificação de sempre
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Na sua última presença no “ranking” do Mais Poderosos como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa ocupa a posição mais baixa de sempre. Antes disso, a pior tinha sido um 6.º lugar em 2022.

#9 - Xi Jinping

#Porque sobe - Os “annus horribilis” da pandemia já lá vão e a liderança de Xi Jinping voltou à mó de cima. Crise imobiliária? Já ninguém se lembra dela. Repressão em Hong Kong e Xinjiang? Uma miragem. É verdade que o mérito é mais de Donald Trump que do Presidente chinês, já que o norte-americano abriu uma guerra comercial com o mundo - e acima de tudo com a China -, deixando qualquer líder que lhe fizesse frente com aura de estadista. A par deste conflito, em 2025 a China deu cartas na IA, com o lançamento da DeepSeek, e promete continuar.
Xi mantém-se firme no top 10
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Há dez anos na lista dos “Mais Poderosos”, Xi Jinping está hoje cinco lugares acima da posição de entrada. Já chegou a estar em terceiro, mas o percurso tem sido de altos e baixos. Este ano sobe mais um degrau.

8 - Cláudia Azevedo

#Porque sobe - Após ter fechado 2024 com uma faturação recorde de quase 10 mil milhões de euros, a Sonae continua a bater recordes este ano, com os lucros a disparar 41% nos primeiros seis meses, tendo o investimento totalizado 864 milhões nos últimos 12, somando operações como a compra da Claranet Portugal pela Nos ou a Pet City pela sua Musti. No perímetro da “holding” familiar dos Azevedo, a nova Prismore Capital e a SC Investments somam ativos e investimentos na indústria, turismo e ginásios.
Sobe mais um degrau no top 10
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Com cadeira reservada no top 10 do “ranking”, posição nunca alcançada pelo seu irmão, Cláudia Azevedo sobe este ano um degrau, alcançado o seu melhor lugar de sempre nos Mais Poderosos.

#7 - Pedro Soares dos Santos

#Porque sobe - Sob a sua liderança, a Jerónimo Martins tem experienciado um franco crescimento. Não só ao nível dos resultados financeiros, como também na expansão para novos mercados. Só este ano, pôs o grupo na Eslováquia, tornou pública a ambição de atingir vendas de 50 mil milhões de euros até 2030 e foi reconduzido no cargo de administrador-delegado para o triénio 2025-2027, um cargo que vai assim continuar a acumular com o de presidente do conselho de administração.
Subida em cadeia
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Pedro Soares dos Santos sobe no ranking pelo terceiro ano consecutivo para o sétimo lugar, onde já esteve em 2019. É a sua melhor posição, em mais de uma década de presença na lista do Negócios.

#6 - Paulo Macedo

#Porque mantém - Desde que Paulo Macedo tomou pela primeira vez posse como presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o banco público soma lucros superiores a 7,1 mil milhões de euros. Os dividendos ao Estado decididos até agora atingem quase metade deste valor. E adivinha um futuro em que a CGD tem “a obrigação” de lucrar, num ano normal, entre 800 e 1.300 milhões. A instituição financeira que lidera continua a ser um “player” fundamental da economia.
Presença permanente
Evolução no "ranking" de Os Mais Poderosos
Desde que tomou posse como CEO da CGD em 2017, Paulo Macedo tem “lugar cativo” na lista do Negócios. Foi subindo de posição à medida que transformava o banco. Neste ano repete o sexto lugar de 2024.

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