Banif soma 5% com negociações para venda da posição estatal

A eleição dos novos órgãos sociais do Banif foi adiada para que se continue a negociar a venda da posição estatal no Banif. Foram transaccionadas quase três vezes mais acções do que num dia normal.
Jorge Tomé Banif
Miguel Baltazar/Negócios
Diogo Cavaleiro e Ana Laranjeiro 08 de Maio de 2015 às 17:14

As acções do Banif chegaram a disparar 9% na primeira sessão depois de admitido oficialmente que há interessados na participação do Estado que o banco tem de vender. As negociações estão mesmo em estado avançado, como noticiou o Negócios.

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Apesar de terem estado a somar 9%, os títulos da instituição liderada por Jorge Tomé (na foto) encerraram a sessão de sexta-feira, 9 de Maio, a ganhar 4,67% para negociarem nos 0,7 cêntimos. O banco tem sempre oscilações (tanto positivas como negativas) mais expressivas dado que transacciona com cotações bastante reduzidas. O índice PSI-20 subiu hoje mais de 2%, sendo que o banco registou o maior avanço. 

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A cotação actual avalia o banco em 821 milhões de euros, mais 25% do que no início do ano.   

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Durante o dia de hoje, foram trocadas 285 milhões de acções do Banif, quase três vezes mais do que as poucas mais de 100 milhões negociadas por diária nos últimos seis meses.

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O comportamento tem lugar depois de ter sido revelado que as negociações para a venda de uma posição no Banif vão adiar a eleição da gestão para Agosto. Os herdeiros de Horácio Roque e a Auto-Industrial, maiores accionistas privados do Banif, propuseram o adiamento da eleição da nova administração do banco, agendada para a assembleia-geral convocada para 29 de Maio, segundo documentos publicados no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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Na edição desta sexta-feira, 8 de Maio, o Negócios avança que o Banif está mesmo em negociações avançadas com investidores interessados em comprar a participação do Estado. A proposta a votar na assembleia-geral não assume a existência de negociações, porém o Negócios sabe que as conversações decorrem há algumas semanas.

 

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O objectivo é o reembolso do apoio público ao banco fundado por Horácio Roque, designadamente dos 700 milhões de euros injectados na subscrição de acções do Banif. Além disso, a instituição tem ainda por devolver 125 milhões aplicados em instrumentos de capital contingente ("CoCos"), do total de 1.100 milhões de que o banco beneficiou.

 

Em causa está uma posição de controlo no Banif. Actualmente, o Estado tem 60,53% do capital, e 49,37% dos direitos de voto. A preços de mercado, esta participação está avaliada em 492 milhões de euros, ao fecho de sexta-feira.

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