Comissão do Banif garante confidencialidade ao BCE
A comissão de inquérito ao Banif já assegurou ao Banco Central Europeu (BCE) que tem meios de assegurar a confidencialidade de documentação sobre a supervisão feita ao banco fundado por Horácio Roque.
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"Hoje mesmo, enviámos mais um ofício para o BCE dando conta das garantias de confidencialidade que a comissão dá relativamente à documentação em que seja necessário garantir tal confidencialidade", contou António Filipe, o deputado do PCP que lidera a comissão de inquérito ao Banif.
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Segundo o deputado que preside à comissão de inquérito, a resposta invoca a "lei das comissões parlamentares de inquérito e, portanto, o facto de que os documentos enviados" beneficiarão da confidencialidade salvaguardada pela lei portuguesa.
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Na semana passada, o BCE respondeu à comissão de inquérito dizendo que só sobre determinadas garantias pode divulgar documentação sobre a supervisão sobre um determinado banco, nomeadamente as "decisões, opiniões e documentos de trabalho". E queria que a comissão parlamentar as desse.
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Mesmo assim, o conselho de supervisão do BCE (que junta o banco central com as autoridades nacionais de países), liderado por Danièle Nouy, - que surge na documentação recebida pelo inquérito parlamentar - afirmou a um eurodeputado do PCP, Miguel Viegas, que não poderá enviar a documentação sobre a supervisão do Banif por os pedidos individuais de divulgação de informação confidencial não se enquadrarem nas excepções abertas.
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Mas nem todo o material poderá ser entregue: o BCE já enviou uma carta ao Ministério das Finanças de que está proibido de divulgar a correspondência que contenha "troca de ideias": "Se é suposto que o BCE coopere com as autoridades nacionais, é essencial que haja espaço para uma troca de ideias e de informação livre e construtiva".
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A recusa do BCE em divulgar documentos ao inquérito parlamentar tem sido um tema recorrente no inquérito parlamentar, tendo em conta que há actas do conselho de governadores e de supervisão da autoridade monetária, que ditaram o destino ao Banif (nas reuniões de 16 de Dezembro de 2015), que têm parágrafos completamente truncados.
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